Tensões no currículo entre brincar e escolarizar: a investigação em uma escola de educação infantil no município do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Bravo, Rafaela
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação da Baixada Fluminense
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10080
Resumo: Esta pesquisa tem por objetivo realizar uma reflexão sobre o brincar e os seus desdobramentos no contexto de uma escola de Educação Infantil da rede municipal do Rio de Janeiro. Trata-se de analisar os embates/disputas em torno de concepções de Educação Infantil, destacando o lugar do brincar nessas mesmas. Trago as contribuições de Vygotsky para pensar a função pedagógica do brincar no desenvolvimento cognitivo da criança a partir de uma abordagem histórico-cultural. Referencio-me no modelo analítico do ciclo contínuo de políticas proposto por Stephen Ball e seus colaboradores para afirmar que, nos diferentes contextos de produção curricular, as formas de pensar a Educação Infantil são tensionadas por um padrão de escolarização que tende a secundarizar a importância do brincar no processo de desenvolvimento das crianças. Faço uma breve apresentação de documentos oficiais que normatizam o funcionamento da Educação Infantil (documentos nacionais e documentos produzidos no âmbito da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro). Na segunda parte do texto, apresento parte de minhas experiências como professora e coordenadora pedagógica, atuante na Educação Infantil em uma unidade escolar do município do Rio de Janeiro, localizada na zona norte, para destacar, na perspectiva apontada por Ball e colaboradores, as ambivalências produzidas pela articulação de sentidos de Educação Infantil informados por concepções socioculturais de desenvolvimento humano com sentidos que obedecem a uma lógica que busca a padronização desse comportamento. Enfim, trata-se de explicitar a tensão existente entre o brincar e o instruir (entendido como antecipação dos processos de escolarização) nas políticas e práticas voltadas para o atendimento à infância