A morte e o morrer e suas representações sociais para ateus e fiéis de diferentes religiões

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Paula, Glaudston Silva de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Die
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/11116
Resumo: Para estudar as representações sociais da morte e do morrer para os grupos religiosos e pessoas ateias, adotou-se como objetivos identificar os conteúdos constituintes das representações sociais da morte e morrer entre pessoas de diferentes grupos religiosos e pessoas ateias; descrever os conteúdos e a organização interna das representações sociais da morte e morrer das pessoas de grupos religiosos e ateias; identificar os elementos centrais das representações sociais através do uso de multimétodos de aferição da centralidade; identificar o nível de religiosidade dos participantes através da aplicação da Escala de Religiosidade de Duke e discutir as representações sociais da morte e o morrer dos diferentes grupos religiosos e de pessoas ateias. Trata-se de um estudo descritivo e exploratório com abordagem quanti-qualitativa, sob a ótica da teoria das representações sociais, realizado entre 2016 e 2019 em templos religiosos católico, espírita, umbandista, candomblecista, protestante e em uma universidade para os sujeitos ateus. Na primeira etapa participaram 900 sujeitos, sendo 150 para cada grupo social estudado, que responderam à caracterização, à coleta de evocações livres para os termos indutores morte e morrer e à escala de religiosidade de DUKE e 27 à entrevista. No segundo momento foram realizados os testes mise-em-cause, choix-par-bloc e esquemas cognitivos de base. Nessa etapa participaram 60 sujeitos de cada grupo social, com a exceção dos esquemas cognitivos de base que foram 10. Para a caracterização e a escala optou-se a análise através da estatística simples, para a evocação a prototípica e a similitude por co-ocorrência, para a entrevista a lexical. Os resultados da abordagem demonstram que o núcleo central da morte para os espíritas é vida, para os católicos, vida, céu e salvação, para os umbandistas, doença, dor e medo, para os protestantes, salvação e vida e para os ateus, família e saudade. Com relação a morrer, vida e solidão para os espíritas, vida para os católicos, tristeza, medo e passagem para umbandistas, final, vida e doença para candomblecistas, morte, pecado e separação para protestantes e doença para ateus. Na análise processual, os resultados se dividem em dois eixos, o primeiro versa sobre os aspectos conceituais e afetivos do processo de morte e de morrer e o segundo sobre mecanismos que o individuo dispõe para enfrentar os eventos que envolvem a morte e o pós-morte. Ao final do estudo pode constatar-se que morte e morrer possuem representações distintas para os grupos sociais estudados. O morrer é o processo que leva a criatura a morte, enquanto a morte é o fenômeno do cessar da vida. A morte está na essência do processo de morrer, impregnando-o e dando-lhe sentido. Deste modo, entendendo como esses grupos sociais estruturam seu pensamento em torno da morte e do morrer que se pode pensar em um cuidado integral de saúde, sobretudo de enfermagem.