Autor, narrador e discurso: uma leitura da obra O crime do padre Amaro
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6766 |
Resumo: | Esta dissertação tem como objetivo evidenciar o plurilingüismo presente na obra O crime do padre Amaro, de Eça de Queirós, à luz das idéias elaboradas pelo teórico russo Mikhail Bakhtin, defensor do princípio de que todo e qualquer discurso é isento de neutralidade e impregnado de intencionalidade. Embasado pelas teorias dialógica e polifônica, este trabalho realiza uma investigação das vozes manifestadas na narrativa, procurando contornos reveladores da palavra de outrem. O presente estudo examina as possíveis intenções do autor ao utilizar a voz de seu narrador para mascarar seu discurso irônico e satírico, expondo suas críticas através de um discurso que se sobrepõe ao discurso original. Na obra analisada, Eça apresenta um entrelaçar de vozes originadas de diferentes esferas, onde proliferam discursos que refletem a visão anticlerical, cientificista e reformista do autor. Estes discursos, quando instaurados pelo narrador, ganham efeitos que, na ficção, tecem uma leitura da realidade. Nesta perspectiva, esta análise revela que por meio de um discurso inovador, muito distanciado da tradição clássica literária, Eça de Queirós propõe uma escrita na qual não se esgotam as possibilidades, pois há muito a ser desvendado neste imenso entrelaçar de vozes |