Saúde das Mulheres Lésbicas: diálogos com as Políticas Públicas de Saúde da Mulher

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Marques, Maria Cristina D´Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17052
Resumo: A presente pesquisa buscou analisar o que as políticas públicas de saúde voltadas para o Programa Atenção à Saúde da Mulher preveem e propõem para a efetiva inclusão da população de mulheres lésbicas. Para tanto, inicialmente é feita uma discussão sobre a participação das ciências biológicas na construção de uma determinada noção de mulher que reforça justificativas biológicas para lugares e destinos sociais, promovendo, ao mesmo tempo, a exclusão de sexualidades dissidentes da lógica binária/heteronormativa. Foi realizada revisão da literatura sobre a saúde de mulheres lésbicas, no Brasil, no período entre 2006 e 2018, utilizando as palavras-chaves: lésbicas; saúde; Brasil. Também foi feita pesquisa documental, através da análise dos textos de documentos publicados e divulgados pelo Ministério da Saúde, entre os anos de 1984 a 2016, que formulam diretrizes que indicam e orientam a implantação de serviços e a atuação das equipes de saúde que atendem à população feminina, por todo território nacional. A pesquisa revelou descontinuidades, limitações e apagamentos nas propostas identificadas nas introduções desses textos que permanecem subsumidas ou mesmo desaparecem ao longo de cada documento, especialmente se comparadas com as orientações voltadas para outros grupos também tratados nesses documentos. A análise dos documentos também identificou contradições no que se refere à proposta de inclusão da população lésbica no Programa de Saúde da Mulher, que, se por um lado, reconhece a existência desse grupo, por outro mantém a perspectiva de que a sexualidade feminina é preferencial e majoritariamente heterossexual, de maneira fixa, constante e coerente ao longo de todas as fases da vida. O que tem como efeito a primazia de funcionamento heteronormativo da área de saúde da mulher.