A interpretação em Psicanálise: um percurso da atribuição de sentido ao impossível de representar na teoria psicanalítica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Souza, Marília Verdussen Herédia de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicanálise
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20860
Resumo: O objetivo deste trabalho é colocar em questão a interpretação na teoria psicanalítica, como esta foi desenvolvida por Sigmund Freud. Inicia-se a pesquisa a partir da pergunta de por que Freud precisa da interpretação em sua abordagem às histéricas para discorrer sobre o entendimento da histeria de defesa e por que sua expressão, por representação simbólica, exige a abordagem interpretativa. Em seguida, percorre a obra mais importante de Freud, A Interpretação dos Sonhos (Die Traumdeutung), indagando como o autor desenha e fundamenta a interpretação psicanalítica para que ela leve ao sentido do desejo, mostrando que ele é alcançável, passível de deciframento. Impõe-se, desde então, a incompletude da exegese, imposição feita pela castração, que interdita o sentido último. Freud afirma a impossibilidade de interpretar completamente as formações psíquicas e, questionado por tal impossibilidade, o segundo capítulo desta dissertação intenta abordar algumas das construções freudianas que não somente impedem o encerramento do sentido como dão bojo ao conflito, estrutural da constituição subjetiva de cada um e de toda Psicanálise. Um objetivo caro a este capítulo é constituir uma formulação sobre o importante momento de virada da teoria freudiana, que ocorre em 1920 e reescreve o desígnio mesmo dos sonhos, e sobre o elemento não ligado, daimoníaco, que insiste em se presentificar, mas refratário à simbolização. Sendo inesgotável por associação e interpretação, sua vinculação pede outra abordagem. O terceiro e último capítulo explora as construções em análise propostas por Freud e discute a ética psicanalítica e como a interpretação opera a partir dela.