As práticas cotidianas dos profissionais que atuam em programas e projetos sociais: efeitos micropolíticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Frias, Andréa Monteiro de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14969
Resumo: A presente pesquisa se propõe colocar em análise as práticas dos profissionais da área social e seus efeitos micropolíticos, a partir de duas situações protagonizadas pela população em situação de rua e pelos jovens moradores de favelas, especialmente da Cidade de Deus. As tramas e os caminhos percorridos pelos profissionais, o choque entre as produções subjetivas que limitam e aquelas que criam novas possibilidades, os tensionamentos existentes no campo social, as relações hierárquicas de poder estabelecidas nos espaços populares, as produções e as capturas do desejo, todas estas questões são abordadas e discutidas nesta pesquisa, a luz de autores como Foucault, Guattari, Lourau, Deleuze, Baremblitt, Castell e outras contribuições de autores nacionais que fazem interlocuções importantes com os temas e as situações analisadas. Ao mesmo tempo, programas e projetos, em sua maioria, acabam reafirmando o lugar ocupado pelos moradores das favelas e daqueles que encontram-se em situação de rua como sendo de riscos, vulneráveis, perigosos e que precisam ser apaziguados, o que fica evidente nas politicas públicas desenvolvidas pelo Estado, mas também em programas que estão apenas voltados para a disciplina, o controle e, consequentemente, para o mercado de trabalho e a formação de capital humano. Trata-se de propiciar canais e espaços de discussões sobre as iniciativas sociais e potencializar as já existentes no sentido de buscar caminhos inusitados e desviantes, que possibilitem a invenção de novas práticas junto às populações pobres da cidade. Criar possibilidades e caminhos de resistência, na tentativa de realizarmos trabalhos cada vez mais potentes e atuar no nível da micropolítica, da imanência, da fluidez dos acontecimentos, que o cotidiano nos traz, contando sempre com os saberes locais na construção das práticas sociais