Substâncias bioativas como inibidores de incrustação biológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Amorim, Carolina Gonçalves de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20423
Resumo: Bioincrustação é o acúmulo indesejado de organismos em superfícies artificiais submersas. A bioincrustação causa grande perda econômica, pois aumenta o peso das embarcações, dificultando a locomoção, causa corrosão das superfícies e também é um problema ambiental, por ser um meio de introdução de espécies invasoras. Produtos naturais de alguns organismos marinhos têm se mostrado promissores como agentes anti-incrustantes. Neste trabalho foi avaliado a eficiência anti-incrustante de duas esponjas marinhas, Desmapsamma anchorata e Iotrochota arenosa (Demospongiae). Amostras desses organismos, coletados na Baía da Ilha Grande, foram submetidas à extração química com diferentes solventes orgânicos. Também foi testado o muco produzido pelas esponjas. As concentrações naturais e dobradas dos extratos brutos e dos mucos das esponjas foram avaliadas em bioensaios de laboratório utilizando os mexilhões Perna perna. Após 14 horas aproximadamente de exposição aos tratamentos foi contabilizado a quantidade de bissos fixados tanto nos tratamentos, quanto nas placas ou conchas de mexilhões. A quantidade de bissos totais fixados nos dos diferentes tratamentos foram submetidos à análise ANOVA (One Way). Os tratamentos que mostraram ser mais promissores em laboratório foram também avaliados em bioensaio de campo, no píer do Clube Guanabara, na Baía de Guanabara (BG), RJ. Os extratos de D. anchorata inibiram a fixação dos bissos, diferente da esponja I.arenosa, que não obteve resultado significativo. No campo, os diferentes extratos de D. anchorata foram colocadas em placas de Petri, e imersas na água da BG, e usado uma metodologia de pontos de interseção para o cálculo da porcentagem de cobertura. Esses bioensaios ocorreram no verão e no outono, os extratos da esponja D. anchorata mostraram resultado significativo na análise de PERMANOVA apenas na estação verão. Durante o bioensaio de campo foram encontrados sete grupos diferentes de organismos marinhos, biofilme, alga turfo, Bugula neritina, Bugulina turbinata, Amphibalanus amphitrite e organismos das famílias Serpulidae e Spionidae. As comunidades incrustantes do outono apresentaram maior riqueza, e índices de diversidade e equitabilidade