Agências de Notícias do Sul Global: jornalismo, Estado e circulação da informação nas periferias do sistema-mundo
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Comunicação Social BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Comunicação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8868 |
Resumo: | Esta tese faz um mapeamento de todas as 110 agências de notícias pertencentes a estados soberanos do Sul Global atualmente, analisando suas estruturas operacionais, localização de correspondentes, serviços, tecnologias, idiomas, rubricas cobertas, relações com o Estado e laços de cooperação e dependência com outras agências de notícias. Em lugar da preocupação com conteúdos, a pesquisa concentra-se na dimensão econômica do jornalismo das agências, na geografia das redes institucionais que constituem e no papel que exercem dentro da Comunicação-Mundo, o sistema-mundo da Comunicação Internacional. A perspectiva adotada desvia-se das agências transnacionais sediadas nos países do Norte (Reuters, Associated Press, AFP, Kyodo, DPA, EFE, ANSA) e volta-se para as agências baseadas nas periferias do mundo (TASS, Xinhua, Tanjug, TTXVN, Antara, Notimex, Télam, MAP, Bernama, APS, NAN etc.), que praticam o jornalismo sob condições precárias e adversas, imersas na Colonialidade do moderno sistema-mundo. Primeiro, a tese reconstrói a história de longa duração do comércio internacional de notícias, ressaltando sua intrínseca relação com o projeto moderno-colonial. Em seguida, utilizando o referencial teórico de Boyd-Barrett, Mattelart, Wallerstein e outros autores da Economia Política (tanto a Economia Política Internacional quanto a Economia Política da Comunicação), das Geografias da Comunicação e assumindo uma perspectiva descolonial, busca comprovar que a chave para compreender a atual discrepância centro-periferia na Comunicação, em tempos de convergência digital, está menos na produção e mais na circulação de informação. Neste sentido, apresenta-se o conceito de informação-mercadoria como essencial para entender a relação de dependência das agências do Sul com as agências transnacionais. Para alcançar esse objetivo, faz-se um inventário do jornalismo de agências em cinco regiões de análise: América Latina e Caribe, África Subsaariana, Oriente Médio e Norte da África, Ásia-Pacífico e Leste Europeu e Eurásia. Em cada uma, enfatizam-se as estratégias do Estado para superar a dependência informativa herdada da ordem colonialista e imperialista montada pelas agências transnacionais desde o século XIX. Ao final, analisam-se os dados obtidos no levantamento para o somatório do Sul Global, concluindo-se que o Estado é a força-motriz da circulação da informação nas periferias globais |