Dendrocronologia e caracterização do crescimento radial de espécies da família Leguminosae em uma Floresta Estacional Semidecidual das Terras Baixas Mata Atlântica
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7896 |
Resumo: | A compreensão da dinâmica de crescimento das árvores é essencial para a proteção e o uso sustentável dos recursos florestais. Nesse sentido, o estudo dos anéis de crescimento das espécies arbóreas representa um conhecimento importante, visto que permite determinar as taxas de incremento, a expectativa de vida e as respostas das árvores às variações ambientais. Assim, o presente estudo tem por objetivo a investigação da dinâmica de crescimento radial de espécies de Leguminosae nativas da Floresta Estacional Semidecidual de Terras Baixas. Para tanto, foram selecionadas árvores de Dalbergia nigra, Pterocarpus rohrii (Papilionoideae), Copaifera langsdorffii, Schizolobium parahyba e Senna multijuga (Caesalpinoideae), provenientes de área nativa e de plantios experimentais na área da Reserva Natural Vale, a fim de: i) avaliar o grau de distinção dos anéis de crescimento no sítio de estudo; ii) determinar a periodicidade de formação dos anéis de crescimento; iii) caracterizar o crescimento das árvores em condições de plantio e em área nativa; iv) avaliar a influência dos fatores climáticos sobre a largura dos anéis de crescimento; e v) avaliar a idade das árvores crescendo em área nativa, ao longo da topossequência à margem do Rio Pau Atravessado, formada por baixio, talude fluvial e tabuleiro. Para a investigação dos anéis de crescimento das árvores nos plantios experimentais, amostras do caule foram obtidas por meio da secção de discos do caule.Nas árvores da área nativa, amostras do caule foram obtidas com auxílio de sonda de Pressler. Para a análise microscópica dos anéis de crescimento, as amostras foram seccionadas e processadas de acordo com técnicas usuais em Anatomia Vegetal. Para a análise macroscópica, as amostras foram polidas e analisadas sob microscópio estereoscópio, visando a demarcação e aferição do número de anéis de crescimento. A largura dos anéis foi mensurada por meio do software Image Pro Plus. Todas as espécies apresentaram camadas de crescimento distintas, e o número de anéis de crescimento visualizados correspondeu à idade das árvores plantadas, ou a valores muito próximos à idade do plantio.Este resultado permitiu caracterizar os anéis de crescimento das cinco espécies estudadas como anuais. Os valores de taxas de incremento; período de tempo necessário para utilização econômica; as trajetórias de crescimento e a relação entre idade e diâmetro foram determinados, visando à comparação do crescimento entre o plantio e a área nativa. As taxas de incremento anual das espécies secundárias iniciais (C. langsdorffii, D. nigra e P. rohrii) foram mais elevadas na área de plantio, enquanto as taxas de crescimento das espécies pioneiras (S. parahyba e S. multijuga) foram mais elevadas na área nativa. As análises dendroclimatológicas foram realizadas para a espécie S. parahybase desenvolvendo em área nativa.Os resultados mostraram que a precipitação apresenta influência positiva e a temperatura, influência negativa sobre o crescimento radial da espécie. A análise da idade das árvores ao longo da topossequência indicou a presença de indivíduos mais antigos na região do talude e do tabuleiro, indicando que as regiões localizadas mais distantes da margem do rio também devem ser incluídas nas áreas prioritárias na conservação das matas ciliares. |