Análise quantitativa da obstrução microvascular no infarto agudo do miocárdio pela ressonância magnética cardíaca: comparação entre as técnicas de perfusão de primeira passagem e de realce tardio miocárdico como preditores de remodelamento ventricular esquerdo

• Ano de defesa: 2017
• Autor(a) principal: Mussi, Henrique Thadeu Periard
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas; BR; UERJ; Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
• Palavras-chave em Português: Magnetic resonance imaging; Gadolinium; Coronary Disease; Ressonância magnética; Gadolínio; Doença das coronárias; Coronariopatias; Ressonância magnética nuclear; CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA::CLINICA MEDICA::CARDIOLOGIA
• Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8781

Obstrução microvascular (OM) é decorrente da presença de lesão da microcirculação motivada pelo infarto agudo do miocárdio ou microembolização de células e debris gordurosos após reperfusão química ou mecânica da lesão coronariana. O diagnóstico de OM pela ressonância magnética cardíaca (RMC) é realizado pelas técnicas de perfusão de primeira passagem (PPP) e de realce tardio pelo gadolínio (RTG). Este estudo tem por objetivos: comparar a medida quantitativa da OM pela RMC em pacientes após infarto agudo do miocárdio (IAM) pelas técnicas de PPP e de RTG e comparar o poder destas técnicas em predizer o remodelamento ventricular esquerdo seis meses após o IAM. Estudados 48 pacientes, média de idade 57,0 anos, com IAMCSSST. Foram avaliadas as RMC de sete dias e aos seis meses em média após IAM. A OM foi medida por PPP% e volume e RTG% e volume na primeira RMC e aferido o remodelamento ventricular pela variação >12% do VSFVE entre os dois exames. A análise estatística demonstrou forte correlação entre PPP e RTG (0,95 para volume e 0,96 para %). A técnica de PPP tanto para percentual quanto para volume teve a área sob a curva ROC >0,5, porém com pequena amostra. Foi realizada regressão logística para medir os efeitos da OM medida por PPP% e volume e RTG% e volume na diferença VSFVE nas RMC. Os valores de odds ratio encontrados para OM por RTG% e PPP% foram estatisticamente semelhantes, assim como na regressão linear univariada. As regressões lineares multivariadas mostraram que as técnicas de medida de OM por PPP% e por RTG% são preditores independentes de remodelamento, diferentemente da fração de ejeção de ventrículo esquerdo e da massa infartada na primeira RMC que tiveram p>0,05. Concluiu-se que as técnicas PPP e RTG têm forte correlação entre si; ambas são preditores independentes de remodelamento ventricular e que o RTG% e a PPP% são as melhores técnicas na RMC para predizer o remodelamento ventricular após o IAM.