Percepções do handebol no campo esportivo brasileiro: entre conquistas e desafios
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Educação Física e Desporto BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências do Exercício e do Esporte |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8202 |
Resumo: | O objetivo deste estudo é investigar as percepções do handebol no campo esportivo brasileiro frente às suas conquistas e desafios, a partir dos discursos de instituições e agentes que compõem a modalidade no país. Os dados foram coletados por meio de documentos e entrevistas semiestruturadas. O estudo foi consubstanciado em três capítulos. O primeiro, Estudos sobre handebol brasileiro: uma revisão de literatura no período de 1987-2017 , investigou as produções científicas sobre o handebol brasileiro a partir do Banco de Teses da Capes de dissertações e tese e de periódicos brasileiros da área de Educação Física de estratos Qualis A2, B1 e B2 publicados entre 1987 e 2017. O segundo capítulo, Handebol de alto rendimento brasileiro e XXXI Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro (2016): percepções da mídia impressa , investigou a construção de percepções da mídia esportiva impressa sobre o handebol de alto rendimento brasileiro nos XXXI Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016, utilizando, como corpus documental, 51 edições do Caderno de Esportes do Jornal O Globo e 51 edições do Jornal Lance!, no período compreendido entre quinze dias antes e quinze dias depois dos jogos, 19 de julho e 07 de setembro de 2016. O terceiro capítulo investigou as percepções de atletas e técnicos sobre a trajetória do handebol brasileiro no cenário esportivo contemporâneo. O estudo dispôs de nove informantes de elite da seleção brasileira de handebol adulta. Os resultados permitem afirmar que: (i) há escassez de produções científicas no campo do handebol na perspectiva sociocultural e pedagógica da área do conhecimento da Educação Física brasileira; (ii) o handebol obteve certa visibilidade na mídia esportiva durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o que respeitou a lógica do capital econômico e os interesses nos megaeventos. Em função dessa lógica, é modesto o espaço dado pela mídia à modalidade, comparada ao futebol, ao voleibol e ao basquetebol; (iii) há fragilidades no campo profissional da modalidade brasileira, cujo modelo de handebol de alto rendimento é assegurado aos europeus, que dispõem de capitais diante de outras seleções; (iv) o handebol é ideologicamente marcado pela escola; (v) os postulantes a heróis brasileiros exploram com dificuldades a fronteira para o handebol de alto rendimento; (vi) as conquistas são inaugurais, e os desafios do handebol brasileiro perduram no campo econômico e ideológico-político do esporte de alto rendimento. Conclui-se que o handebol brasileiro ainda não atravessou os muros da escola para o escalão do alto rendimento, por vezes pela falta de interesse da comunidade acadêmico-científica e daqueles que dominam o campo econômico, esportivo e midiático, dificultando, assim, a ascensão e o desenvolvimento do handebol no país |