Revisão da família Achiridae (Teleostei: Pleuronectiformes) com ênfase em espécies dulciaquícolas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Severiano, Kleyton Magno Cantalice
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Biociências
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16210
Resumo: Durante a história evolutiva dos Actinopterygii ocorreram diversas modificações que resultaram na atual presença de formas bastante peculiares de peixes, como é o caso da ordem Pleuronectiformes, popularmente conhecidos no Brasil como linguados. Este grupo se diferencia dos demais peixes ósseos pela presença dos dois olhos em apenas um lado da cabeça. Por apresentar este formato bizarro quando adulto, até a atualidade, muitas dúvidas perduram sobre qual grupo de Actinopterygii os linguados são mais relacionados. Além do escasso conhecimento sobre as relações de parentesco dos Pleuronectiformes, a família Achiridae, diferentes dos demais grupos da ordem, possui grande parte dos seus representantes associados ou distribuídos exclusivamente em ambientes dulciaquícolas. O entendimento do padrão de distribuição e das relações de parentesco desta família será útil para reconhecer como os Achiridae se diversificaram em distintos ambientes no continente Americano. Contudo, para que hipóteses deste tipo sejam propostas, ainda é necessária a reavaliação da diagnose e da filogenia destas espécies. Neste trabalho, foram revistos aspectos taxonômicos e morfológicos da família Achiridae. Foi realizada a descrição anatômica de Hypoclinemus mentalis, evidenciando também as variações encontradas nos demais gêneros. Os diferentes estados de caráter foram incluídos em uma matriz para a obtenção de informações acerca das relações filogenéticas da família Achiridae. Além disso, foram utilizados marcadores moleculares para verificar a eficiência destes para o estudo da sistemática desta família. O estado monofilético dos Achiridae foi corroborado em todas as analises realizadas. Da mesma forma, grande parte das espécies foi reconhecida. A determinação de certos gêneros e suas respectivas relações de parentesco, todavia, não foram congruentes. Em relação às alterações taxonômicas, no presente trabalho a espécie Trinectes lineatus, sinônimo júnior de Trinectes paulistanus foi, novamente, reconhecida e, além disso, foram propostas alterações em relações à autoria das atuais espécies Achirus achirus e Achirus lineatus. As variações morfológicas e a distâncias genéticas verificadas permitiram o reconhecimento de Trinectes affinis, atualmente considerada como sinônimo júnior de Trinectes paulistanus. Da mesma maneira, foi identificada a presença de duas espécies crípticas dentro do complexo Achirus lineatus distribuídos em encostas do Atlântico, no México. Entre todos os táxons avaliados foram diagnosticados quatro grupos separados pelo tipo de ambientes que habitam. Correlacionando estes grupos nas topologias obtidas foram verificados a possível origem dulciaquícola para a família e a presença de eventos independentes de colonização de estuários e oceanos no decorrer da história evolutiva dos Achiridae.