A tortura no superencarceramento brasileiro: Estado e criminalização na crise estrutural do capital

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Simas, Fábio do Nascimento
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Serviço Social
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Serviço Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23283
Resumo: A presente pesquisa analisa a tortura no superencarceramento no Brasil a partir das últimas décadas. O tema é abordado a partir de uma perspectiva conceitual e histórica inserido no referencial teórico-metodológico da teoria de Marx Para tanto, são problematizados conceitos e categorias como Estado, expropriação, ideologia e questão criminal. Assim, o fenômeno do superencarceramento é abordado como uma parte do agravamento das medidas de repressão empreendidas pelos Estados no contexto de crise estrutural do capital e como esse mecanismo foi operado na particularidade brasileira marcada pela autocracia burguesa e racismo estrutural. A tortura, enquanto uma forma aguda da violência, convive com o amadurecimento dos instrumentos de sua proibição e a permanência e sofisticação de suas práticas. Tortura e superencarceramento apresentam uma relação simbiótica fomentada por interesses econômicos e políticos que se expressam na criminalização de raça e classe. Concluímos com a análise dos índices de encarceramento no Brasil e sua relação com a tortura a partir de fontes de distintas naturezas onde se discute sua convivência com o Estado de Direito e democracia brasileira.