Avaliação do padrão de sono, resiliência e qualidade de vida de crianças e adolescentes com condições crônicas hospitalizadas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Xavier, Welker da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20361
Resumo: Introdução: Crianças e adolescentes com condições crônicas vivenciam significativas mudanças em seu cotidiano e no de sua família, com inúmeras readaptações e estratégias de enfrentamento, além de apresententarem, frequentemente, múltiplos sintomas, os quais incluem distúrbios do sono, fadiga, dor, náusea, entre outros, e comprometem sua qualidade de vida. Objetivo: Explorar o sono, a resiliência e a qualidade de vida relacionada à saúde de crianças e adolescentes com condições crônicas durante a hospitalização. Método: Estudo quantitativo, do tipo descrito e transversal. Os participantes foram crianças e adolescentes com condições crônicas. O instrumento utilizado para avaliar o padrão de sono foi o ActiGraph de pulso; para avaliar a resiliência, utilizou-se a Escala de Resiliência para Crianças e Adolescentes de Sandra Prince-Embury, e, para avaliar qualidade de vida, o Inventário Pediátrico de Qualidade de Vida; ambos possuem versões brasileiras válidas e confiáveis. Para análise dos dados, utilizaram-se softwares específicos para análise de dados do ActiGraph, estatístia descritiva e teste de correlação. Resultados: Participaram 40 crianças e adolescentes entre 9 e 18 anos, com condições crônicas, de dois hopitais de referência do Rio de Janeiro. Os resultados mostraram sono comprometido, com mediana de duração de sono de 3,7 horas (IIQ = 109,35), mediana de tempo acordado após início do sono de 39,62 minutos (IIQ = 31,65), percentural de sono de 70,16% (IIQ = 16,35) e eficiência do sono de 89,43% (IIQ = 7,90). Os escores para qualidade de vida relacionada à saude total (Md = 60,86; IIQ = 22,83) e suas dimensões física (Md = 64,06; IIQ = 38,28), emocional (Md = 50,00; IIQ = 25,00) e escolar (Md = 50,00; IIQ = 31,25) foram baixos. No entanto, os níveis de resiliência foram classificados entre médio e alto. Foram encontradas correlações entre qualidade de vida relacionada à saúde e resiliência: quanto maior a dimensão social da qualidade de vida relacionada à saúde, maior a subescala de controle da resiliência. Também houve correlação entre resiliência e sono, mostrando que quanto maior o escore da reatividade emocional, mais tempo os participantes permaneciam acordados após início do sono e menor a eficiência do sono. Além disso, a qualidade de vida relacionada à saúde foi influenciada pelo tempo de diagnóstico; a resiliência, pela idade, pela cor de pele, pelo diagnóstico e por outras condições crônicas; e o sono, pelo diagnóstico e pelo tratamento. Conclusão: Crianças e adolescentes hospitalizados com condições crônicas vivenciam importantes distúrbios do sono e possuem baixa qualidade de vida, mas apresentam níveis satisfatórios de resiliência. Além disso, quanto melhor o funcionamento social da qualidade de vida, melhor o controle da resiliência, e quanto melhor reatividade emocional, os participantes acordaram menos após o início do sono e tiveram melhor eficiência do sono. Novos estudos são necessários, principalmente com populações maiores, para desenvolvimento de estratégias de gerenciamento dos distúrbios do sono e favorecimento da qualidade de vida e resiliência.