Gestão do cuidado à pessoa idosa hospitalizada: o conforto como resultado essencial
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Enfermagem |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20839 |
Resumo: | Objetivo: Este estudo teve como objetivo investigar a produção de conforto como resultado terapêutico da gestão do cuidado de enfermagem. Método: Trata-se de uma pesquisa de natureza exploratória-descritiva, a partir de uma abordagem qualitativa, realizada nos serviços de enfermagem clínica e cirúrgica de um hospital universitário do estado do Rio de Janeiro. A coleta de dados ocorreu no período de maio a junho de 2022, com 19 enfermeiras chefes de sessão e líderes de equipe. Para a coleta de dados foram empregadas entrevistas semiestruturadas, posteriormente submetidas à análise temático-categorial de Bardin. O referencial teórico foi amparado na Teoria do Conforto, de Kolcaba. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética - Certificado de Apresentação de Apreciação Ética nº 57513722.0.0000.5282. Resultados e discussão: Dentre as barreiras para a gestão do cuidado à pessoa idosa hospitalizada, o dimensionamento de pessoal inadequado desponta como o principal desafio. A falta de pessoal implica em uma necessidade de priorização de tarefas, das quais as técnicas são percebidas como mais importantes. Ademais, a sobrecarga e estresse enfrentados pelas enfermeiras geram desconforto para a equipe, que se reflete na assistência prestada. O despreparo e a falta de conhecimentos também foram apontados como importantes desafios, uma vez que insegurança profissional faz com que as enfermeiras optem por intervenções restritivas, acreditando prezar pela segurança do paciente e acabam por sacrificar o conforto. Dentre as possibilidades, a experiência surge como principal elemento, além da liderança e dos protocolos assistenciais, que trazem legitimidade, autonomia, agilidade e eficácia à prática, além de serem ferramentas educativas. Os principais riscos à pessoa idosa hospitalizada identificados pelas enfermeiras foram: quedas, lesão por pressão e integridade tissular prejudicada, alterações neurológicas, particularmente delirium e pneumonia e broncoaspiração. As principais estratégias adotadas por enfermeiras para garantir o conforto e segurança a pessoas idosas hospitalizadas estão relacionadas ao ambiente e a incentivar a presença de familiares. Entretanto, as variáveis intervenientes, sob as quais a profissional não tem influência, não foram consideradas (estrutura física inadequada, indisponibilidade dos familiares e normas hospitalares), o que fez com que as intervenções não fossem efetivas, posto que não alteraram o nível de conforto. Conclusão: A análise dos achados permite concluir que, apesar de a gestão do cuidado ter como objetivo a promoção do conforto, segurança e autonomia, as práticas de enfermagem detêm grande preocupação com a segurança do paciente, enquanto o conforto e a autonomia parecem ser sacrificados em prol de sua promoção |