Caracterização Geocronológica e Metamórfica dos Complexos Embu/Paraíba do Sul e Costeiro na região Sudoeste do Estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Hoffmann, Thadeu Henrique Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Geociências
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
CTB
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18651
Resumo: A região estudada está vinculada ao segmento central da Faixa Ribeira, englobando os Terrenos Ocidental, Oriental e Superterreno Central. Entretanto trabalhos recentes indicam que, principalmente a divisão entre os Terreno Oriental e Ocidental, ao menos, no Sul do Estado do Rio de Janeiro e regiões próximas em São Paulo, pode estar deslocado para Sul. Nesse novo contexto, o objetivo deste trabalho foi estudar as rochas que fazem parte destes Terrenos e compará-las ao Terreno Embu e ao Complexo Costeiro. Para isso foram realizadas caracterizações petrográficas, geocronológicas em rochas para e ortoderivadas, litogeoquímicas de rochas ortoderivadas e identificação de estruturas deformacionais, a fim de verificar se estas rochas possuem correlação com aquelas descritas no Complexo Costeiro no estado de São Paulo. A pesquisa aqui realizada dá seguimento ao trabalho realizado por Hoffmann (2016) com maior enfoque na obtenção de novos dados geocronológicos e litogeoquímicos que permitam apresentar novas visões para a região de estudo. As rochas da área de estudo foram divididas em dois domínios distintos com base nas observações de campo, litogeoquímica e idades de cristalização e sedimentação. No Terreno Embu foram datadas duas rochas metassedimentares (THM 181Q e 181BQ) e duas rochas ortoderivadas (THM 162G e 16), entre as rochas paraderivadas o limite máximo de sedimentação é de 1379 Ma e entre as rochas ortoderivadas a cristalização ficou em torno de 2040 Ma. No Complexo Costeiro foram datados três metassedimentos (THM 18, 40 e 97Q) e sete amostras ortoderivadas (THM 60 1, 60 2, 60 3, 259, 112 e TR 04 e 05), entre as rochas paraderivadas o limite máximo de sedimentação é próximo a 650 Ma e as rochas ortoderivadas, pertencentes em sua maioria ao Arco Magmático Serra do Piloto (AMSP), tem sua cristalização entre 614 e 635 Ma. Nas amostras do Terreno Embu são raros os sobrecrescimento metamórficos em grãos de zircão, porém uma idade de 620 + 18 Ma foi calculada, visto que nas amostras do Complexo Costeiro ocorre oposto, são diversos os grãos de zircão que possuem esse tipo de sobrecrescimento, inclusive nas rochas do AMSP, sendo assim a idade de metamorfismo do Complexo varia entre 613 e 598 Ma. As análises litogeoquímicas mostraram que as rochas do AMSP variam desde dioritos até granitos e a amostras THM 16 e THM 162G, apesar de estarem distantes e pertencerem ao Terreno Ocidental e Superterreno Central, respectivamente, são na verdade a mesma rocha e classificadas como pertencentes ao embasamento da região de estudo. Conclui-se que, com base nos dados obtidos, que as rochas do Terreno Embu e Complexo Costeiro possuem diferentes fontes para seus respectivos metassedimentos e que o Complexo Costeiro corresponde tanto ao Terreno Ocidental quanto ao Terreno Oriental, evidenciado, principalmente, por intrusões recorrentes de diques graníticos do AMSP em rochas da Unidade Sillimanita Granada Biotita Gnaisse, implicando assim, no deslocamento do limite tectônico central (CTB) para sul da região de estudo, sem englobar a Serra do Piloto (Mangaratiba – RJ).