Suplementação de melatonina em mães obesas: Efeitos na ilhota pancreática, tecido adiposo branco e marrom, e hipotálamo na prole adulta de machos
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Biologia Humana e Experimental |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22824 |
Resumo: | O estudo foi projetado para investigar possível efeitos da suplementação de melatonina às mães com obesidade e a saúde dos filhos quando adultos. Métodos: Fêmeas C57Bl/6 (mães) foram divididas em dois grupos com base na dieta: controle (C, 17% kJ lipídio) ou hiperlipídica (HF, 49% kJ lipídio) e acasaladas com machos alimentados com dieta controle. Durante a gestação e a lactação, metade das mães C e HF recebeu suplementação diária de melatonina (10 mg/kg), enquanto a outra metade recebeu igual volume de veículo, formando os grupos C, CMel, HF e HFMel (n=10/grupo). Após o desmame e até 12 semanas de idade, os filhotes receberam apenas a dieta C. Foram analisados a biometria, bioquímica plasmática, imunohistoquímica, a expressão gênica da ilhota pancreática, do tecido adiposo branco subcutâneo (TABs) e tecido adiposo marrom interescapular (TAMi), a expressão de proteínas e genes no hipotálamo. Resultados: As mães HF e seus filhotes apresentaram maior massa corporal, intolerância à glicose, resistência à insulina e menor sensibilidade à insulina em comparação com as mães C e seus filhotes. No entanto, mães e filhotes HFMel mostraram melhorias significativas no metabolismo da glicose e redução da massa corporal em comparação com as mães e filhotes HF. Na ilhota pancreática dos filhotes, observou-se aumento nos marcadores pró-inflamatórios e de estresse de retículo endoplasmático (RE) nos filhotes HF, com redução nos filhotes HFMel e as enzimas antioxidantes foram menos expressas nos filhotes HF, mas aumentaram nos filhotes HFMel. Além disso, houve aumento da massa de células beta e hipersecreção de insulina nos filhotes HF, enquanto os filhotes HFMel apresentaram diminuição desses parâmetros. Comparando os filhotes HFMel com os filhotes HF, houve redução nos depósitos de gordura e nos marcadores pró-inflamatórios plasmáticos, e os adipócitos do TABs apresentaram fenótipo bege, acompanhado pela ativação do receptor beta-3 adrenérgico e da UCP-1, compatível com atividade termogênica do TAMi. Filhotes HFMel também mostraram redução nos marcadores de neuroinflamação no hipotálamo e diminuição da expressão gênica e proteica do neuropeptídeo Y (NPY, anabólico) e aumento da expressão gênica de proopiomelanocortina (POMC, catabólico). A análise dos componentes principais (ACP) separou os filhotes HF dos filhotes HFMel, indicando o benefício da suplementação materna com melatonina. Conclusão: Os efeitos benéficos da suplementação de melatonina em mães com obesidade refletiram-se, nos filhotes adultos, no remodelamento e na função das ilhotas pancreáticas mais adequados, com redução da inflamação, estresse oxidativo e estresse do RE, resultando em um melhor controle dos níveis de glicose e insulina nas ilhotas pancreáticas. Adicionalmente, a melatonina contribuiu para o aumento do amarronzamento do TABs, aprimorou a termogênese no TAMi e mitigou a inflamação no hipotálamo e nos neurotransmissores reguladores do apetite. |