Comunidades de pequenos mamíferos no Estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Pessôa, Flávia Soares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/5800
Resumo: Muitos estudos tentam compreender a forma como as comunidades estão estruturadas e os fatores que influenciam esta estruturação. Acredita-se que a estrutura das comunidades pode ser determinada aleatoriamente ou por regras específicas. Neste estudo, nós investigamos a influência de variáveis ambientais, da altitude, do tamanho da área e da região fitoecológica sobre a composição e a riqueza de espécies, além de investigar o papel de duas regras de montagem de comunidades na estruturação de comunidades de pequenos mamíferos no Estado do Rio de Janeiro. Amostramos nove comunidades no Estado do Rio de Janeiro utilizando o mesmo protocolo e registrando a riqueza e a composição de espécies de cada uma delas. As variáveis ambientais, a altitude e o tamanho das áreas foram reduzidas por Análise de Componentes Principais (PCA) e a composição de espécies foi reduzida através de Escalonamento Multidimensional (NMDS). Utilizamos o teste de Mantel para verificar a relação entre a diversidade beta, como variável dependente, e a distância geográfica e a diferença de altitude, como variáveis independentes. Através de matrizes de presençaausência, analisamos a influência das regras de montagem através da geração de modelos nulos. Nossos resultados apontaram uma relação entre a riqueza de espécies e a declividade do terreno, pois em regiões de maior declividade encontramos fragmentos mais preservados, associados a maior riqueza de espécies. Comunidades localizadas na mesma região fitoecológica demonstraram possuir composição de espécies similar, independente da distância geográfica entre elas. As diferenças altitudinais explicaram a diversidade beta e as comunidades de elevações mais próximas demonstraram possuir composições de espécies mais similares. A ordenação das comunidades obedeceu a um padrão de concentricidade, não apontando forte influência da competição como força estruturadora do processo. Este é um padrão frequentemente encontrado na natureza e pode orientar decisões que envolvam esforços de conservação. O entendimento de quais diferenças ecológicas são responsáveis pela permanência de espécies em paisagens fragmentadas pode ser de grande relevância para a elaboração de planos de manejo e conservação da biodiversidade. No Estado do Rio de Janeiro, investir na conservação dos remanescentes mais hospitaleiros, controlando as atividades antrópicas, parece ser uma boa estratégia para que a diversidade biológica neles contida não se perca.