Avaliação de biomarcadores bucais e salivares em pacientes com COVID-19
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Odontologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Odontologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20265 |
Resumo: | Objetivo: os objetivos do presente estudo foram: a) avaliar os aspectos morfológicos das células epiteliais do dorso da língua e a expressão da proteína Spike do SARS-CoV-2 nessas células, em pacientes com e sem COVID-19; b) avaliar também a presença e níveis de IgG e IgA em saliva de pacientes controle de antes da pandemia, negativos e convalescentes para COVID-19. Métodos: indivíduos com pelo menos um sintoma de COVID-19 foram recrutados. Pacientes com teste positivo para COVID-19 por RT-PCR foram incluídos no grupo caso e os com teste negativo foram incluídos no grupo controle para avaliar a expressão de proteína spike. Esfregaços citológicos do dorso da língua foram obtidos dos pacientes e analisadas por imunohistoquímica dirigida contra a proteína Spike do SARS-CoV-2. As alterações morfológicas nas células epiteliais foram analisadas em microscopia de luz. Já na avaliação de anticorpos, os participantes do estudo foram divididos em 4 grupos, Grupo 1 - Pré-COVID-19, Grupo 2 – Negativo, Grupo 3 - Convalescente <1 mês, e Grupo 4 - Convalescente >3 meses. As amostras de saliva foram coletadas pelo próprio paciente em coletor universal estéril. IgG total humano e IgA presente na saliva foram testados usando ELISA indireto contra proteína S1 recombinante humana do SARS-CoV-2. Resultados: A imunohistoquímica mostrou que 71% dos pacientes com COVID-19 apresentavam células epiteliais positivas para a presença da proteína Spike do SARS-CoV-2, e todas as células provenientes de pacientes do grupo controle foram negativas. A análise citológica mostrou diferenças significativas ao comparar células epiteliais de pacientes positivos e negativos para COVID-19. Na avaliação salivar através de ELISA observou-se que apesar de não haver diferenças estatisticamente significantes entre os grupos com amostras coletadas após o início da pandemia, o grupo 3 foi o grupo com níveis mais elevados de IgG e IgA, os grupos 4 e 2 também expressaram IgG e IgA, porém em menor proporção. Contudo, foram observadas diferenças significativas nos níveis de IgG nos grupos 2, 3 e 4 em comparação ao grupo 1. Com relação aos níveis de IgA, não houve diferença significativa nos níveis de anticorpos. Houve um percentual significativamente maior de indivíduos positivos para IgG e IgA contra Sars-Cov-2 na saliva nos pacientes convalescentes de COVID-19 do que nos controles. Conclusão: COVID-19 pode gerar alterações dimensionais nas células epiteliais da língua; entretanto, mais estudos são necessários para entender como isso acontece. A utilização da saliva como método não-invasivo para coleta de amostras biológicas tem se mostrado uma ferramenta útil e promissora, capaz de revelar exposições prévias ao vírus. |