Criação e cruzamentos de histórias contadas: performances emancipatórias dos sujeitos no cotidiano escolar.
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação - Processos Formativos e Desigualdades Sociais |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10028 |
Resumo: | A pesquisa que deu origem ao texto da dissertação problematiza a dimensão política dos sujeitos que vivem o cotidiano sala de aula/escola. Na contramão dos processos que produzem o não reconhecimento das práticas cotidianas e a invisibilização dos sujeitos enquanto agentes produtores das políticas, trabalhei com as narrativas como fio condutor da pesquisa. Tratando de modo articulado a pesquisa e o trabalho com seus sujeitos, buscou-se compreender a dimensão política das práticas diárias desses sujeitos pela criação de narrativas que são fragmentos de histórias de vidas. Para tal, praticamos o que nomeei como performances emancipatórias pelo espaçotempo (ALVES, 2008) presente no cotidiano da sala de aula/escola. Pretende-se com isso dar visibilidade a essas narrativas e a seus fragmentos como importantes constituidores políticos dos sujeitos que as criaram. As narrativas problematizam o cotidiano desses sujeitos a partir de fragmentos editados de vidas que são escritos para serem impressos em um objeto tridimensional: um cubo, suporte biografemático (COSTA, 2011) construído em acetato para a continuação da performance emancipatória pela problematização dessas histórias desimportantes ao serem deslocadas para esse objeto. Neste sentido, buscamos com Negri (2003) discutir outras formas de desencadear a percepção de suas singularidades pelos espaços da escola. A perspectiva metodológica adotada na pesquisa recorre às contribuições dos estudos dos currículos com os cotidianos (OLIVEIRA, 2012) e das autobiografias. Quanto aos resultados da pesquisa concluímos que a performance emancipatória traz como resultado a percepção da dificuldade dos sujeitos de se lerem e se perceberem por meio de suas narrativas e por meio de suas criações que se interpõem entre realidades e ficções. O trabalho desenvolvido possibilitou refletir e compreender sobre o movimento com o qual as singularidades são compostas permanentemente, perpassadas por encontros que precisam ser exercitados constantemente para alterar o valor de real que é dado a priori por uma narrativa. Esse aspecto foi um ponto importante compreendido pela pesquisa, de que toda criação é uma edição do real que transita no ficcional para os sujeitos darem sentido às suas vidas. Além disso, outra conclusão a que se chegou foi a de que é preciso exercitar constantemente o encontro para que a criação de si seja percebida e posta em prática, enquanto dimensão política dos sujeitos. |