Puerpério e suas vivências como um processo de transição à luz da teoria de Afaf Meleis

• Ano de defesa: 2016
• Autor(a) principal: Feitosa, Luciane de Oliveira
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem; BR; UERJ; Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
• Palavras-chave em Português: Postpartum; Transition; Woman; Nursing; Puerpério; Transição; Mulher; Enfermagem; CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM
• Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/11400

Meleis (2000) afirma que a gestação, o parto e o puerpério devem ser vistos como processos de transição desenvolvimental e situacional que requerem uma definição ou redefinição dos papéis a que o cliente ou familiar está envolvido. As demandas de cuidado de enfermagem para essas mulheres vão além das questões biológicas, a enfermeira obstetra deve dar ouvidos às demandas que as puérperas apresentam, a fim de facilitar o processo de transição no puerpério. Diante do exposto, este estudo tem por objeto o puerpério como um processo de transição. Objetivos: Descrever as vivências das mulheres no processo de transição puerperal; Analisar as vulnerabilidades que surgem nesse processo; Sugerir um modelo de cuidado de enfermagem a mulheres que estejam vivenciando o processo de transição puerperal à luz da Teoria das Transições de Afaf Meleis. Metodologia: A pesquisa foi um estudo do tipo descritivo e exploratório com abordagem qualitativa. Os participantes desta pesquisa foram mulheres que passaram por um parto normal e consequentemente vivenciaram a experiência do puerpério. Decidiu-se utilizar o método Narrativa de Vida e a análise temática. Este estudo respeitou os princípios éticos conforme preconizado na Resolução CNS-466/12. Resultados e discussão: A maternagem é um fenômeno do processo de transição puerperal, que traz consigo vivências tais como sentir-se mais responsável após o nascimento do bebê; abrir mão de suas necessidades em prol do bebê; a amamentação, com suas vivências positivas e negativas; sentimento de posse pelo bebê; e (re)sigificação do corpo; a maternagem apareceu como um indicador de processo. Esta pesquisa demonstrou que o puerpério põe a mulher em situação de vulnerabilidade e estes são fatores de inibição para uma transição saudável, são as vulnerabilidades sociais e individuais. A enfermeira pode atuar em diversos momentos da transição a fim de facilitar o processo, promovendo os fatores facilitadores, prevenindo os inibidores, planejando e promovendo ações de cuidado junto às puérperas e encontro com suas reais demandas. Conclusão: Este estudo trouxe implicações para a prática, pois mostrou o importante papel da enfermeira durante o processo de transição puerperal, podendo atuar antes e durante o processo, promovendo os processos facilitadores, prevenindo que os fatores inibidores dificultem a transição, avaliando por meio dos fatores de processo se a transição está ocorrendo de forma saudável e juntamente com a mulher implementar cuidados, bem como fornecer informação sobre o processo. Este estudo foi então um marco inicial para entender o puerpério, e utilizou a teoria de Afaf Meleis para obter um perfeito conhecimento sobre a temática, e propõe que sejam aprofundados os estudos acerca deste, para que se possam desenvolver tecnologias não invasivas de cuidado para esta fase da vida da mulher, pois há uma lacuna nesta área de conhecimento.