Análise das desigualdades socioespaciais no município de Nilópolis (RJ) a partir da atuação do Estado
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Geografia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Geografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13385 |
Resumo: | Em 2015, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), pela primeira vez na história da humanidade o total de população residindo em cidades ultrapassou o número de moradores da área rural. A imposição de um padrão urbano para a população mundial mostra-se tão substancial que alguns autores passaram a trabalhar a ideia da urbanização global. Essa alteração aponta para implicações socioeconômicas consideráveis para além da simples distribuição geográfica das populações a qual coaduna com a expansão do modelo capitalista de produção, assim, ao mesmo tempo em que são tributárias da expansão desse sistema sobre os lugares, essas alterações são condição sine qua non para sua reprodução mais eficaz. Com efeito, a cidade capitalista nasce sob o signo do valor de troca em detrimento de seu uso social, pois o movimento de urbanização alicerçado, sobretudo, a partir das demandas e ditames do capitalismo teve como resultado a criação de cidades nas quais as contradições sociais não aparecem como o residual do processo, mas se impõe como a lógica fundamental do sistema em si, especialmente para o caso das cidades latino- americanas. Neste cenário, entre os múltiplos papeis desempenhados pelo Estado, está o de mitigar os efeitos sociais mais nocivos da urbanização capitalista. Desta maneira, o presente trabalho discute uma das materialidades existentes do modelo de cidade voltada para seu valor de troca, as desigualdades socioespaciais, contemplando, como recorte espacial o município de Nilópolis (RJ) e o papel desempenhado pelo poder público para esse processo. Para alcançar esse objetivo, este estudo considerou a renda média dos domicílios de acordo com os dados do Censo Demográfico de 2010 e distribuiu tais rendimentos pelo espaço nilopolitano a partir de sua divisão em setores censitários. O resultado espacial mostrou que, mesmo sem apresentar relevantes disparidades de renda entre sua população, o município é nitidamente marcado por desigualdades socioespaciais de tal modo que as populações de menor renda se concentram nas periferias ao passo que as de renda mais elevada residem próximo a área central e usufruem das amenidades desse espaço. Nesse contexto, o Estado, o qual tem a premissa de regular o espaço urbano, acirra as desigualdades socioespaciais ao agir de modo ineficaz no tocante à busca de uma cidade socialmente mais inclusiva e quando, intencionalmente, estipula políticas públicas distintas para os bairros, como nas prestações dos serviços públicos |