Terror e crime na literatura brasileira finissecular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Pedro Puro Sasse da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6839
Resumo: O presente estudo analisa o surgimento de uma vertente da literatura de crime no Brasil em um período que vai da segunda metade do século XIX até o começo do século XX. É parte do projeto de estabelecer, no campo da literatura brasileira tradicional, um corpus de literatura de medo , ou seja, um conjunto de narrativas ficcionais que mantêm, como elemento comum, a capacidade de representar ficcionalmente os medos reais e/ou produzir, como efeito de leitura, o medo estético. Propõe-se nesta dissertação a hipótese de que houve, no Brasil, uma tradição de obras ficcionais centrada em personagens criminosos. São utilizados como fundamentação teórica o modelo de Horror artístico do filósofo da arte Noël Carroll e os estudos sobre o medo do sociólogo polonês Zygmunt Bauman. Desenvolve-se, ainda, uma descrição da trajetória histórica da ficção de crime tradicional, buscando encontrar nela elementos que fortaleçam sua proximidade com o medo artístico. Procurou-se, então, buscar as raízes desse gênero na literatura brasileira, investigando obras que dialogavam com essa temática tanto na ficção popular quanto na produção canônica da época. Por último, a fim de aplicar os resultados alcançados ao longo deste estudo, fez-se uma leitura analítica de obras cronísticas e ficcionais do jornalista e escritor carioca João do Rio, apontando nelas elementos que colaborem para enquadrá-lo como autor exemplar dessa vertente da literatura brasileira de medo