A Estética Fisiopsicológica em Nietzsche: Uma Expressão da Vontade de Potência
Ano de defesa: | 2022 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Filosofia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18294 |
Resumo: | A presente tese objetiva considerar a estética fisiopsicológica enquanto uma expressão da Vontade de Potência em Friedrich Nietzsche. A vontade de potência é compreendida em sua incondicionalidade como o movimento de acúmulo e descarga de energia que não conhece nenhuma exceção. Escudando-se nessas noções, a Vontade de Potência é espaço para hierarquia valorativa cuja interpretação antiteleológica, ou seja, o além-do-homem, busca intensificar e superar a si mesmo a partir da condição fisiopsicológica. Nesse sentido, a hipótese desta tese é que a estética em Nietzsche tem seu engendramento nos mais íntimos labirintos dos impulsos da predisposição fisiopsicológica, sendo o Grande Estilo a arte que não se fia na razão, mas na vontade criadora do artista, o que implica a criação a partir da Vontade de Potência. Deste modo, a fisiopsicologia da arte pode ser interpretada como uma investigação sobre as motivações psicológicas e orgânicas que influenciam o artista em um transbordamento criativo das suas forças instintivas mediante o entorpecimento dos sentidos do corpo. Por corpo designamos a configuração de forças que concorrem de maneira a determinar o modo como algo se torna. Assim considerado, diferentemente do mundo idealizado forjado pela tradição filosófica, que delegou ao erro a transitoriedade da vida pelo fato desta jamais corresponder à necessidade determinada pela “pequena razão”, na arte tem-se este mundo que não nega o devir e que traduz a vida como a tensão de forças. O resultado dessa tensão é a embriaguez. O artista embriagado é, então, como a criança que teve a inocente e despretensiosa coragem de dizer sim a vida. |