Ruptura histórica e abordagem criativa: uma cartografia de identidades nativas
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16753 |
Resumo: | Esta tese pretende expandir os desdobramentos de uma cartografia identitária e remapeamento do self através das escritas de si de mulheres Indígenas. As literaturas Indígenas aprofundam os questionamentos dos discursos hegemônicos, denunciando as rupturas históricas e reinscrevendo suas identidades e redesenhando cartografias de pertencimento. Como um entendimento parcial de história é inevitável, a literatura dos povos Originários pode figurar como um forte mecanismo de reposicionamento de margens, questionamento de limites de espaço e lugar e (re)construção de identidade e herança Indígenas. Por ser um espaço criativo e mnemônico, as artes e literaturas permitem às escritoras e aos escritores Indígenas a (re)criação de um novo cenário onde seja possível um (re)enraizamento de suas identidades Originárias. Com isso, as obras de duas autoras Indígenas de diferentes nações de Turtle Island, que é a região Norte de Abya Yala (continente conhecido como América), se destacam no redesenho de geografias de si: Bloodlines: Odyssey of a Native Daughter (1998[1993]), de Janet Campbell Hale, Coeur d'Alene/Schitsu’umsh, da parte setentrional do que hoje é Idaho, em Turtle Island (Estados Unidos); e Heart Berries: A Memoir (2018), de Terese Marie Mailhot, escritora Nlaka’pamux, originária de Seabird Island Band, em Turtle Island (Canadá). Esta tese desdobra os preenchimentos da ruptura histórica através da auto-história escrita por mulheres Indígenas de Abya Yala (continente americano), construindo um diálogo entre as autoras supramencionadas e a pesquisadora, em um diálogo teórico e de escrita criativa, propondo novos metodologias de pesquisa para a decolonização de corpos, mentes e territórios. Esta pesquisa qualitativa Indígena crítica de abordagem bibliográfica e de metodología fronteriza, composta como um ensaio lírico, se propõe a analisar as obras primárias propostas com viés comparatista e dos estudos culturais, decoloniais e dos estudos Indígenas críticos. Lidando com os contextos históricos, culturais e transculturais de ambas as produções, com aproximações de teoria literária, antropologia e sociologia. A problematização parte de um referencial teórico que inclui, mas não se restringe a Tuhiwai Smith (2012 [1999]), Graúna (2013), Justice (2018), entre outros |