O Poder da Caridade: os provedores da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (1640-1780)
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em História |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19797 |
Resumo: | A Irmandade de Nossa Senhora da Misericórdia surgiu no ano de 1498, em Lisboa, e se expandiu celeremente pelos domínios ultramarinos. Fosse pelo patrocínio régio ou pelo projeto de mundialização idealizado pelas monarquias ibéricas, foi inegável a presença da Misericórdia nos territórios alcançados pela Coroa portuguesa. Não tardou para que os domínios ultramarinos, por meio dos súditos portugueses que se estabebeleceram nos múltiplos e descontínuos territórios, fundassem novas Misericórdias. Na cidade do Rio de Janeiro, espaço privilegiado ao longo dessa dissertação, a Irmandade foi criada por volta de 1582, tornando-se uma das instituições privilegiadas pelas elites locais para incorporar em suas trajetórias elementos de diferenciação social. Não eram apenas os indivíduos que ocupavam cargos dentro da Irmandade que reforçaram a importância da instituição nas localidades em que estava presente. É importante lembrar que a caridade compunha um dos elementos balizares para construção da sociedade no período da Época Moderna. Os serviços realizados pela Misericórdia como, por exemplo, a administração de hospitais e a realização de funerais, reforçavam a presença da Instituição no imaginário dos segmentos sociais que compunham as sociedades à época. Apesar de sabermos da importância dos serviços prestados, a partir das quatorze obras da Misericórdia, privilegiaremos ao longo das próximas páginas, uma análise pautada nos provedores da Misericórdia, ou seja, observaremos quem eram os homens que administravam a confraria, que se fez presente de leste à oeste e de norte a sul, nos locais que presenciaram a ocupação territorial em nome da Coroa lusa. Ser caridoso, além de status, legitimava os indivíduos capazes de legar, em uma sociedade na qual o que representava para o outro era mais importante do que ser. Portanto, esse trabalho reflete acerca do papel da Irmandade de Nossa Senhora da Misericórdia no mundo colonial português, elegendo o Rio de Janeiro como espaço privilegiado para nossa análise. Essa pesquisa tem como um dos seus principais objetivos entender as múltiplas facetas dos homens que compunham os jogos de poder no recôncavo da Guanabara. |