Relações entre fase cefálica da digestão, consumo alimentar e reatividade microvascular de indivíduos saudáveis
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12582 |
Resumo: | A fase cefálica de secreção de insulina (FCSI) ocorre dentro da fase cefálica da digestão, em aproximadamente dez minutos entre a estimulação oro-sensorial pelo alimento e o início da absorção deste e determina um incremento rápido dos níveis basais de insulina. A FCSI parece ser importante para a tolerância normal à glicose. A hipótese deste estudo é de que a insulina secretada na fase cefálica da digestão teria ações direcionadas para o tecido microvascular, com conseqüente recrutamento capilar. Estudos recentes com indivíduos sadios têm mostrado a associação entre função microvascular e componentes dietéticos. Padrões alimentares saudáveis e intervenções nutricionais com alimentos específicos representam estratégias preventivas e terapêuticas não-farmacológicas para redução da inflamação e do risco metabólico e cardiovascular associados. O estudo de consumo alimentar inserido nesta pesquisa objetivou identificar associações entre componentes dietéticos e a função microvascular em indivíduos saudáveis. Após avaliação clínica e laboratorial, 39 voluntários saudáveis foram submetidos a dois exames de videocapilaroscopia do leito ungueal, com um intervalo de dez minutos entre os mesmos. Neste intervalo, conforme randomização, uma refeição com ótima apresentação e aroma foi apresentada (estímulo sensorial) ou não (controle). Coletas sangüíneas foram realizadas aos 3, 9 e 15 minutos após a apresentação do estimulo, para avaliação dos níveis de insulina e polipeptídeo pancreático (PP), marcadores bioquímicos da fase cefálica da digestão. Durante todo o exame medidas de fluxo e vasomotricidade foram realizadas pela técnica de laser-Doppler fluxometria. Após o exame, foi realizada iontoforese transdérmica de insulina. Todos os participantes responderam a um questionário de freqüência alimentar (QFA), relativo ao hábito de consumo dietético dos últimos 12 meses. O estudo da resposta microvascular à fase cefálica comparou as diferenças de densidade capilar funcional e fluxo capilar nos grupos experimental e controle, antes e após o estímulo sensorial, e sua correlação com a variação de insulina e PP. O estudo de consumo alimentar avaliou correlações entre componentes dietéticos e recrutamento capilar no exame basal (antes do estímulo) em toda amostra. Após o intervalo, o grupo que recebeu o estímulo sensorial teve sua densidade capilar funcional (DCF) aumentada. A variação de insulina não diferiu entre os grupos e a de PP foi maior no grupo estimulado, sendo também correlacionada positivamente como aumento na DCF. A velocidade máxima de perfusão pósisquemia também aumentou no grupo estimulado, enquanto o tempo para alcançar esta velocidade máxima diminuiu. O estudo do consumo alimentar revelou associações positivas entre o consumo de cálcio, selênio e laticínios e recrutamento capilar na amostra total. Em conclusão, o consumo alimentar de cálcio, selênio e laticínios foi associado com maior recrutamento capilar em indivíduos sadios. Nestes indivíduos a microcirculação cutânea respondeu ao estímulo da fase cefálica da digestão com recrutamento capilar e aumento de fluxo sanguíneo microvascular. |