Influência da periodontite crônica grave na função ventricular esquerda, marcadores inflamatórios, reatividade microvascular e espessura mediointimal carotídea em pacientes hipertensos e normotensos
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17126 |
Resumo: | Estudos epidemiológicos atribuem à periodontite (PD) um risco aumentado para doenças cardiovasculares (DCV), tendo possivelmente como elo o processo inflamatório crônico. A hipertensão arterial (HA) é importante fator de risco para as DCV e acredita-se que a PD possa favorecer seu desenvolvimento. A relação entre PD e DCV tem sido documentada por meio de diferentes métodos. A inflamação subclínica persistente parece promover alterações sutis na função sistólica ventricular esquerda, passíveis de detecção por método de speckle tracking acoplado ao ecocardiograma. O objetivo do presente estudo foi explorar em indivíduos hipertensos e normotensos as possíveis associações da PD crônica grave com a reatividade microvascular, marcadores inflamatórios e função ventricular esquerda. O estudo consistiu em análise transversal incluindo 88 indivíduos de ambos os sexos entre 35 e 60 anos (50 hipertensos e 38 normotensos) estratificados em 4 grupos segundo diagnóstico de HA e PD crônica grave. G1-hipertensos com PD (n=35); G2-hipertensos sem PD (n=15); G3-normotensos com PD (n=15) e G4-normotensos sem PD (n=23). Indivíduos com PD leve ou moderada não foram incluídos no estudo. Todos foram submetidos à avaliação odontológica (protocolo de bolsa-sondagem) para identificação da PD, exames laboratoriais (lipidograma, glicose, proteína C-reativa ultrassensível, interleucina-6 e fator de necrose tumoral alfa), aferição da pressão arterial, avaliação da espessura mediointimal carotídea (EIM), avaliação da reatividade microvascular cutânea e ecocardiograma através de speckle tracking. A média de idade foi de 49,94±7,32 anos; 43% mulheres e 39% de etnia não branca. As pressões sistólica, diastólica e média foram significativamente maiores nos hipertensos, com valores de p respectivamente 0,004: 0,04 e 0,01 independentemente da presença de DP grave. A PCR-us (mg/dL) foi significativamente menor no G4 (p<0,003), além de significativamente maior nos pacientes com PD (G1+G3) em comparação àqueles sem esta condição (p=0,005); A EMI foi numericamente menor nos normotensos: G1:0,62±0,15; G2:0,61±0,12; G3:0,54±0,09; G4:0,55±0,10 (p<0,08). Houve diferença significativa nas concentrações de HDLc (mg/dL): G1:50,09±10,61; G2:60,33±12,67; G3:53,26±14,46; G4:48,27±14,46 (p=0,04). A condutância vascular cutânea não diferiu entre os grupos: G1+G3:0,52 G2+G4:0,55 (p=0,41); G1+G2:0,50 G3+G4:0,56 (p=0,10). O strain longitudinal global (%) também foi semelhante entre os grupos; G1:-21,11±2,24; G2:-21± 2,67; G3:-20,80±3,17; G4:-21±2,82 (p=0,94). A doença periodontal grave não se associou a disfunção ventricular esquerda subclínica, nem em hipertensos nem em normotensos. |