O feminino mal-dito como abertura ao pensamento poético
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Artes BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Artes |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7351 |
Resumo: | A hipótese central deste trabalho é a de que o pensamento poético é um pensamento necessariamente investido de potência feminina. O texto inicia apresentando o pensamento poético como este que acolhe o não-saber e, com isso, constitui-se como um saber outro. A esse pensamento não inteiramente fundamentado na razão e na consciência é relacionada a noção de não-todo fálico, registro que a psicanalise lacaniana circunscreve como feminino. Tal dimensão é aqui abordada a partir de sua afinidade com a margem e com aquilo que não pode ser plenamente dito: o mal(-)dito. O feminino mal-dito é indicado como o que, a um só tempo, sustenta a não-totalidade fálica e concede com a dialética vazio-criação. Tal modo de criar é aqui nomeado de matriarcal: produção que diverge da lógica da propriedade, da exploração e do controle da vida e se dá como a insurgência da diferença a partir da não-totalidade. Este modo de criar, que faz frente ao pensamento patriarcal, é associado ao conceito de fertilidade insubmissa: produção que não corresponde ao imperativo fálico do acúmulo do mesmo e que, assim, dá condições para surgimento da diferença no mundo. No decorrer dos capítulos são apresentados argumentos que fundamentam a ideia de que a diferença chega ao mundo por um itinerário feminino e poético |