Entre preservar e reformar: práticas e saberes psis no museu da Colônia Juliano Moreira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Araújo, João Henrique Queiroz de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/15424
Resumo: No Instituto Municipal de Assistência à Saúde Juliano Moreira, antiga Colônia Juliano Moreira, instituição psiquiátrica do Rio de Janeiro, encontra-se o Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea. Denominado até o ano 2000 de Museu Nise da Silveira, o museu da Colônia foi criado pela artista plástica Maria Amélia Mattei, em 1982, após encontrar pinturas abandonas em um salão do prédio da administração central. Desde então, o museu tem promovido uma aproximação entre as práticas e os saberes psis e a arte na área da saúde mental. Isto se deve principalmente ao fato de que este espaço acompanhou as transformações pelas quais passou a instituição em consequência do movimento da Reforma Psiquiátrica, iniciado no Brasil no final dos anos 1970. Neste cenário, o museu esteve inserido em um momento da História da Psicologia brasileira no qual houve uma intensa disputa entre velhos e novos conhecimentos. Realizou-se uma pesquisa histórica com a finalidade de levantar que práticas e saberes psis foram aqueles que engendraram a criação do museu e fomentaram as atividades que desenvolveu ao longo do tempo. Deste modo, este trabalho objetiva compreender o contexto e as influências que possibilitaram a existência de um museu de arte em uma instituição psiquiátrica. Para tanto, buscamos referências neste campo, como as experiências com arte que se consolidaram na área psi em torno da década de 1950, especialmente por meio dos trabalhos de Nise da Silveira e Osório César. Constatou-se também que na Colônia Juliano Moreira houve uma considerável produção de trabalhos artísticos realizados por internos no mesmo período em oficinas de praxiterapia, sendo estes, inclusive, o material que compôs o primeiro acervo do museu. Em um segundo momento, analisou-se o papel da cultura e da arte no interior do movimento da Reforma Psiquiátrica, buscando entender como a criação de um museu em uma instituição psiquiátrica se inseriu neste contexto. Por último, buscou-se compreender como estas práticas e saberes psis dialogaram com o Museu Bispo do Rosário e propiciaram que este viesse a se transformar em um museu de arte contemporânea