A Estratégia de Saúde da Família no Estado do Rio de Janeiro e o rastreamento do câncer de mama
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17418 |
Resumo: | A magnitude do câncer de mama no Brasil, com as mudanças ocorridas nos padrões de envelhecimento e adoecimento da população, produz a necessidade de avaliar as estratégias utilizadas até o momento pelo Sistema Único de Saúde para seu enfrentamento. As taxas dos cânceres de mama tendem a crescer por estar associado principalmente a fatores de risco relacionados ao estilo de vida que não são passiveis de prevenção primária, o rastreamento acaba sendo o principal recurso para o controle da doença. A Estratégia Saúde da Família apresenta-se como principal forma de organização dos serviços de saúde e porta de entrada prioritária para os usuários do sistema, o que caracteriza seu papel protagonista em fornecer a resposta adequada às demandas emergentes. Este estudo teve por objetivo analisar a evolução da cobertura pela Estratégia Saúde da Família e a realização de rastreamento mamográfico por mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos, residentes nos municípios do Estado do Rio de Janeiro. Trata-se de estudo de série temporal e distribuição espacial com dados disponíveis dos Sistemas de Informações do SUS tendo como unidade de análise os municípios do Estado do Rio de Janeiro no período de 2008 a 2018. A Cobertura da Estratégia Saúde da Família apresentou aumento de 87% no Estado do Rio de Janeiro, demonstrou-se tendência de crescimento estatisticamente significante em 42% das regiões. A Atenção Básica apresentou tendência de crescimento no período de 2008 a 2018, compatível com a tendência observada para a ESF, refletindo o acréscimo na proporção da ESF como componente da Atenção Primária nas regiões estudadas, embora a expansão tenha ocorrido de forma desigual resultando em disparidades na assistência prestada. A cobertura média de rastreamento mamográfico no Estado do Rio de Janeiro variou de 20% em 2008, chegando a 34% em 2014 e retornando para 26% em 2018, é necessário aprofundar a compreensão das causas desta diminuição no período mais recente e sua relação com o registro dos procedimentos e os serviços de Atenção Básica. A Estratégia de Saúde da Família necessita de esforços no sentido de incentivar a expansão e consolidação como modalidade de APS de forma homogênea, visando garantir e aumentar os impactos observados em indicadores sensíveis a oferta de serviços de saúde. O monitoramento constante do rastreamento mamográfico possibilita o diagnóstico situacional, imprescindível para subsidiar a adoção de medidas de redução na disparidade de acesso à saúde e a organização das ações de detecção precoce, repercutindo na diminuição da mortalidade por câncer de mama. |