Ações de rastreamento oportunístico do câncer de mama implementadas por enfermeiros da Atenção Básica de Saúde de Ribeirão Preto- SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Moraes, Débora Cherchiglia de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-19022015-191242/
Resumo: Estudo descritivo, transversal, quantitativo, teve como objetivo geral: Identificar a implementação das ações de rastreamento oportunístico do CA de mama por enfermeiros de Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município de Ribeirão Preto-SP e objetivou especificamente, caracterizar esses enfermeiros segundo dados de formação e capacitação profissional; descrever as ações de rastreamento oportunístico desenvolvidas por eles e comparar com as preconizadas pelo Ministério da Saúde; descrever os entraves para a execução dessas ações. Participaram 60 enfermeiros, atuantes há pelo menos um ano na rede municipal de saúde, com experiência em Atenção Básica e que não eram gerentes de unidade. Para coleta de dados, entre dezembro de 2013 e março de 2014, utilizaram-se formulários informatizados e impressos, e um tablet para inserção dos dados via sistema web. Estes foram analisados descritivamente, resultando em tabelas de frequência para variáveis qualitativas, com intervalo de confiança de 95% (IC95%), a partir do método de reamostragem de bootstrap. Utilizaram-se os softwares IBM SPSS 20 e Excel 2010. Constatou-se que a maioria dos enfermeiros atuava há mais de dez anos na rede e realizou cursos de especialização (44- 73,3%), destacando-se aqueles em Saúde Pública. A capacitação profissional após 2004, no entanto, não foi realizada por 29 sujeitos (48,3%), e a maioria desconhece se há disponibilidade de documentos preconizados pelo Ministério da Saúde, para controle do câncer de mama nas UBSs. A maioria (43 - 71,7%) investiga fatores de risco para CA de mama e conhece os fatores para alto risco. Quanto aos exames de rastreio, 42 (70%) orientam e executam o Exame Clínico das Mamas, 40 (95,2%) solicitam avaliação médica para resultados suspeitos de malignidade, porém, desconhecem a faixa etária e a periodicidade correta de tal exame. Orientam acerca da primeira mamografia (MMG) (36-60%), a partir dos 40 anos (30-50%). Realizam busca ativa das mulheres com laudo de MMG suspeito para malignidade (39 - 65%). Não realizam busca das faltantes à MMG (46 - 76,7%); não encaminham mulheres com laudo suspeito à unidade de referência e desconhecem a periodicidade correta da MMG (44 - 73,3%). Quanto à ultrassonografia das mamas (USM), 38 (63,3%) consideram não haver intervalo para sua execução, 20 (33,3,%) não souberam informar a periodicidade. Quanto ao autoexame, 42 (70%) orientam a realização, mensalmente (33 - 78,6%); (22 - 52,4%) orientam iniciá-lo na menarca. Quanto aos entraves, destacam-se: falta de tempo e de local apropriado para as atividades; sobrecarga de trabalho; dificuldade no agendamento da MMG e da USG; demora entre a solicitação desses exames e o retorno do resultado. Apenas o SIAB e o SISCAN estão implantados nas UBSs. Além da rede de internet precária e muitos itens a serem preenchidos, a maioria não consegue planejar ações a partir dos dados gerados por tais sistemas. Há necessidade de investimentos em capacitação profissional e gerenciamento dos serviços de saúde para incrementar as ações de educação em saúde, as medidas de rastreamento e o acesso aos exames de rastreio