Esquecer em Vilém Flusser: memória e esquecimento na pós-história tecnoimagética
Ano de defesa: | 2022 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Comunicação Social Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Comunicação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22091 |
Resumo: | A presente dissertação tem como objetivo analisar os modos de esquecer na contemporaneidade a partir de como estão organizadas as dinâmicas comunicacionais, evocando um teórico da Comunicação que possui escritos sobre o tema da memória relacionado com o presente midiático: Vilém Flusser. Embora o filósofo tcheco-brasileiro tenha proferido uma série de reflexões acerca da religião, linguagem, cultura, etc., é na memória que nosso propósito se estabelece: nele, é possível compreender que o pensamento flusseriano encontra-se centrado na inquietude do papel das mídias em armazenar, processar e transmitir informações que constituem e reconstituem a história. O mundo contemporâneo aponta para um sistema informacional cujas realidades estão sendo testadas a todo momento e a história e as instituições científico-culturais encontram-se sob questionamento, por meio, por exemplo, de fenômenos como as fakenews ou pela algoritmização de dados. Em suas diagnoses e prognoses, Vilém Flusser trata da simultaneidade de crises que, hoje, resultam em um mundo permeado por apparatus tecnológicos e imagens técnicas atuando na nossa percepção de mundo e na forma de conceber as narrativas históricas. Para tal investigação, vou vincular as concepções de memória e Flusser a três dimensões, representadas pelo trabalho dos autores Jeanne... (esquecer e lembrar), Huyssen (cultura da memória) e Beiguelman (estética e arte), sob o marco teórico da teoria da cibernética de Wiener. Norbert Wiener é um autor presente para elucidar a teoria da Cibernética e revelar o que há de essencial na tríade flusseriana, presente também nas teorias da mídia alemã, armazenamento-processo-transmissão. E ainda tratar das estéticas e das políticas da memória e do esquecimento apoiando-se em Giselle Beiguelman e na crítica de algumas manifestações artísticas contemporâneas imbricadas às tecnologias comunicacionais. Como os temas do pensador praguense se entrecruzam, a metodologia cartográfica, a nosso ver, é a adequada para recortar da melhor forma possível as enunciações de Vilém Flusser envolvendo memória, mídia e arte. |