Registro, interação e accountability: O WhatsApp na comunicação da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Comunicação Social BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Comunicação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/9024 |
Resumo: | A pesquisa investiga o impacto da introdução de ferramentas de comunicação em rede, como os aplicativos de celular, em uma organização pública. O objetivo é analisar o caso específico da participação do WhatsApp na Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, uma corporação de alto interesse midiático e que interfere diária e profundamente na dinâmica social das cidades. O argumento central se subdivide em três eixos: o impacto do advento do aplicativo na tropa; entre os comandantes e suas relações com outros policiais, imprensa e sociedade civil e, por fim, os desafios que o actante impôs à gestão da informação pela corporação e demais instâncias de poder da Secretaria Segurança Pública do Estado. A hipótese é que novas práticas comunicacionais têm possibilitado o encontro de brechas para fala em uma estrutura tão marcada pela interdição da expressão, própria ao ethos militar. Se o WhatsApp concorre para o encontro de espaços de manobra na hierarquia castrense, estaria viabilizando que, em situações pontuais, ocorresse a horizontalização do discurso entre a corporação e os diferentes atores sociais, conduzindo a novas possibilidades de distribuição de poder. Que alterações no fluxo comunicacional da PMERJ podem ser constatadas a partir da participação do aplicativo? Como a mudança no aparato de comunicação pode impactar nas relações da instituição que é depositária legal do uso da força pelo Estado? De que modo o aplicativo em questão também tem sido apropriado pela corporação? Essas são algumas das perguntas que norteiam a pesquisa. Foram investigados os rastros das interações que envolvem o WhatsApp, os policiais e seus públicos, a fim de identificar novos padrões de movimentação na rede corporativa e seu impacto na força dos vínculos, nas condições e no modo de trabalho tanto da Coordenadoria de Comunicação como da PMERJ como um todo. A opção pela base teórico-metodológica da sociologia das associações, mais especificamente pela Teoria Ator-Rede, de Bruno Latour, leva a uma descrição minuciosa das rotinas das quais o actante participa, trabalhando menos como definidor do status comunicacional da instituição, tendo em vista que este é dinâmico e mais como mapa do fluxo, a fim de abrir caminho para a compreensão das conseqüentes apropriações de poder advindas das conexões estabelecidas |