Peter Doherty’s contemporary take on Emily Dickinson: a transit between sentences
Ano de defesa: | 2020 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | eng |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16794 |
Resumo: | Esta dissertação estabelece o pensamento dickinsoniano (DEPPMAN, 2005) como a habilidade de abraçar a dificuldade, a ambiguidade e a polivalência ao conduzir processos de raciocínio que precluem qualquer espécie de síntese estável. Seguindo o estudo de Jedd Deppman dos poemas “try-to-think” de Dickinson (DEPPMAN, 2005, p. 89), esta dissertação persegue e descreve a forma pela qual o pensamento dickinsoniano ecoa no século XXI por meio de Peter Doherty. Ele surge aqui como um dos maiores expoentes contemporâneos da materialização do pensamento dickinsoniano, isto é, de uma sentença dickinsoniana. Se compreendermos o conceito de sentença (WOOLF, 1929; PINHO, 2015) como algo material, a combinação linguística de palavras e, ao mesmo tempo, o veredito para identidades que deriva dessa materialidade, propomos que a sentença dickinsoniana é marcada pela busca por uma linguagem poética adequada à inquietude de uma mente auto questionadora, algo que permite que a poeta habite um território intermediário entre sua vida em Amherst, Massachusetts, e a projeção da sua voz por meio da poesia, o que permite que esta dissertação aborde Doherty como seu contemporâneo. Os achados desta pesquisa estão estruturados em quatro capítulos. Para considerar como Doherty pode surgir como um contemporâneo de Dickinson e discutir o relacionamento de ambos no contexto de uma tradição compartilhada, nos voltamos para “What Is the Contemporary” (2009) de Giorgio Agamben e “Tradition and Individual Talent” (1919) de T. S. Eliot no Capítulo 1. Além de abordar Dickinson e Doherty em seus próprios contextos e além, o capítulo apresenta a base teórica desta dissertação. O Capítulo 2, “Emily Dickinson and Music”, toma como ponto de partida a asserção de Cristanne Miller (2012a) de que Dickinson escrevia em relação à música. Subdividido em quatro seções, o capítulo investiga o histórico de Dickinson com a música, a influência das estruturas de hinos e baladas na sua escrita como aspectos musicais de suas práticas composicionais, assim como remediações de sua poesia por compositores a partir da década de 1950. O Capítulo 3, “Peter Doherty and Poetry”, introduz Peter Doherty aos Estudos Literários. A primeira seção investiga a história de Doherty com a poesia, estabelecendo como o seu longo relacionamento com essa forma artística se reflete nos seus escritos musicais, enquanto a segunda seção aborda o caráter heterotélico das letras de canção do compositor. A terceira seção discute o relacionamento de Doherty com a tradição literária anglófona, sublinhando suas citações e alusões a poemas e romances em suas letras de canção. O Capítulo 4 se debruça sobre o relacionamento entre Dickinson e Doherty, discutindo as formas pelas quais o projeto poético da escritora reaparece no do artista inglês. Ao longo das três seções desse capítulo, nos voltamos para citações diretas, convergências de imagens e temas empregados por Dickinson e Doherty, e para o pensamento dickinsoniano nas obras do compositor. A coda dessa dissertação oferece um comentário final sobre os resultados obtidos ao longo do processo de pesquisa e apresenta novas direções e ramificações que esses temas podem oferecer no futuro |