Políticas de educação permanente em saúde nos governos Lula: um olhar a partir dos documentos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Matias, Manuelle Maria Marques
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/4766
Resumo: Este trabalho partiu do reconhecimento de duas hipóteses de trabalho : a primeira dessas hipóteses é a de que existiram duas políticas de educação permanente em saúde nos governos Lula. E ainda, que em torno dessas políticas referidas e possibilitado pelo fato político que se convencionou chamar de escândalo do mensalão estabeleceu-se a conformação de dois coletivos de trabalho com características peculiares e práticas divergentes em relação à temática da Educação Permanente em Saúde (EPS). A segunda hipótese referiu-se à existência de tensões e manobras de silenciamento em torno dessa história. Ou seja, teria havido um conjunto de manobras feitas para ocultar ou pelo menos atenuar nas versões oficiais das políticas, as rupturas e descontinuidades, silenciando ativamente as diferenças. Nesse sentido pretendeu-se pôr em questão tais hipóteses e apresentar contribuições para uma posterior narrativa sobre o processo político que supostamente teria dado origem a duas políticas de Educação Permanente em Saúde nos governos Lula. Para iniciar essa empreitada, realizou-se análise dos documentos em torno da temática. A ideia, inicialmente, não foi apresentar as questões que constam nos conteúdos dos documentos em si, mas buscar os indícios e conexões que se colocaram na afirmação de duas propostas distintas em torno do tema da EPS. Para tanto utilizou-se os documentos institucionais identificados nos dois períodos da SGTES bem como outras produções textuais do período que serviram para dar materialidade ou sustentação teórica às duas políticas colocadas, tendo sido necessário que também fizéssemos análise desses materiais. Essa análise, teve o intuito de percorrer indiciariamente tais documentos afim de procurar pistas e identificar os conceitos, argumentos ou concepções presentes nos textos que pudessem auxiliar na compreensão dos processos que os constituíram, uma vez que consideramos que os textos são produtos de acordos em vários estágios, frutos de inúmeras influências. No contato com os documentos institucionais e nos achados curiosos de outras publicações não formais, tivemos possibilidade de visualizar a existência de duas propostas que se configuram distintas, tanto nas suas concepções quanto no seu modus operandi, configurando desse modo e de acordo com a visão de política que sustentamos neste estudo, duas políticas de educação permanente em saúde. Por fim acreditamos que os estudos de análise de políticas em geral contribuem para ofertar narrativas interessantes que podem ajudar a compreender o processo político que subjaz a formulação de uma política pública.