Ser professora em área de fronteira bilíngue no Brasil: desafios e possibilidades
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10285 |
Resumo: | A presente pesquisa demonstra que, no Brasil, existe a necessidade de falar sobre educação inclusiva para imigrantes estrangeiros que chegam ao nosso país por motivos diversos e buscam em nossas escolas uma inserção sociocultural como forma de reconhecimento para exercerem sua cidadania. Porém, deparam-se com uma grande barreira: a língua. Para compreender um pouco dessa realidade, apresento, através de levantamento teórico, uma abordagem acerca do dinamismo linguístico nas regiões de fronteira, marcado pela diglossia e interlíngua. Com o propósito de evidenciar que são poucas as ações que legitimam o direito linguístico do imigrante no contexto escolar brasileiro, trouxe uma discussão que gira em torno da legalidade que assegura políticas linguísticas nesse contexto de diversidade. Acrescento à discussão uma análise sobre a demanda para a educação formal entre comunidades migrantes no Brasil, apresentando a complexidade educacional de algumas regiões fronteiriças, evidenciando o município de Bonfim/RR. Acredita-se que, através desta análise, algumas questões poderão ser apontadas como necessárias para dar suporte a reflexões para esses contextos, o que permitirá ascender uma discussão sobre demandas que são vistas como potenciais para melhorar a formação de docentes que trabalham em regiões que atendam imigrantes. Além disso, será possível pensar em propostas didático-pedagógicas que contemplem a natureza bilíngue das escolas situadas em cidades fronteiriças. Para trilhar esse caminho, além da investigação bibliográfica, procuro evidenciar, através da narrativa (auto)biográfica de uma professora alfabetizadora, as experiências e saberes docentes que acontecem em uma escola de duas nações , lócus de um laboratório linguístico natural, situado na fronteira do Brasil com a Guiana Inglesa. O percurso metodológico utilizado para a compreensão e a análise das questões evidenciadas na narrativa da professora, baseou-se na associação entre a análise do conteúdo temático (BARDIN, 1994) e a compreensão cênica (MARINAS, 2007, 2014). A narrativa da professora, cujo eixo temático foi Ser professora num contexto de realidade bilíngue/multilíngue, na fronteira Brasil-Guiana Inglesa , possibilitou compreender a necessidade de se discutir sobre os contextos educacionais de área de fronteira e protagonizar a vivência/experiência de professores que lidam com a realidade desses locais, não só com o intuito de desnaturalizar o monolinguismo e as práticas linguísticas-educacionais-políticas excludentes de alunos que não têm o português como língua materna em escolas brasileiras, mas também fazer ecoar a voz daqueles que lidam diretamente com essa realidade pouco (re)conhecida por muitos brasileiros |