Investigação da atividade anti-inflamatória de derivados da atorvastatina em macrófagos RAW 264.7

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santos, Najara Gomes dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Biociências
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16306
Resumo: As doenças inflamatórias constituem um grupo heterogêneo e complexo de doenças que são causa importante de morbidade e mortalidade no mundo. Este fato instiga cada vez mais a busca por alternativas terapêuticas eficazes e seguras. As estatinas são compostos bioativos que inibem a 3-hidroxi-3-metilglutaril coenzima A redutase (HMG-CoA redutase), enzima responsável por regular a velocidade da síntese de colesterol. Deste modo, age reduzindo os níveis de colesterol tecidual e por isso, são fármacos utilizados em pacientes com hipercolesterolemia. Entretanto, ao inibirem a HMG-CoA redutase, essas moléculas acabam reduzindo a síntese de vários isoprenoides por interromper a via do mevalonato/ácido mevalônico e, portanto, geram alguns dos efeitos pleiotrópicos. Os derivados da atorvastatina testados (PCSR09.001, PCSR08.002, PALP 002/13 F e PALP 005/13 JBC) foram desenvolvidos como antiparasitários. Porém, devido a presença de porções com conhecida ação anti-inflamatória em sua estrutura química, foram utilizados com o objetivo de se investigar sua atividade anti-inflamatória e toxicidade. Para tal, foram realizados testes in vitro a fim de verificar a viabilidade celular (ensaio de viabilidade celular com WST-1); a proliferação e a ativação de macrófagos da linhagem RAW 264.7 (ensaio modificado com WST-1), a análise de citocinas e de marcadores de superfície celular envolvidos na inflamação, bem como a migração, a morte, e o ciclo celular. De acordo com os resultados observados neste estudo, os derivados PCSR09.001 e PALP 002/13 F não apresentaram citotoxicidade (p<0,05) para os macrófagos RAW 264.7, enquanto PCSR08.002 apresentou efeitos citotóxicos para células apenas na maior concentração testada e PALP 005/13 JBC foi citotóxico nas concentrações de 10, 100 e 1000 μM. Considerando o Índice de Estimulação no ensaio modificado com WST-1 - na concentração em que a maioria dos derivados não apresentaram toxicidade (100 μM) - PCSR08.002 e PCSR09.001 foram os mais eficazes, seguidos por PALP 002/13 (p<0,05). A dosagem de citocinas e a expressão dos marcadores de superfície, sugeriram que a molécula PCSR08.002 seja a que melhor modula a inflamação. Os dados obtidos através da citometria de fluxo e do ensaio de migração celular, mostraram que os derivados PCSR08.002 e PCSR09.001, nas concentrações de 100 μM e 10 μM, respectivamente, apontam os menores níveis de apoptose e a maior inibição da migração dos macrófagos.