/Entrecorporeidades/: gaguejos, rabiscos e palavras dançantes de uma professorarteira com estudantes surdos em uma escola pública de Niterói-RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Cardoso, Arina Costa Martins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação - Processos Formativos e Desigualdades Sociais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21794
Resumo: Essa pesquisaescrita se produz no campo das chamadas filosofias da diferença. Forjada enquanto um exercício cartográfico articulando educação, arte e diferença no Programa de Pós-Graduação em Educação - Processos Formativos e Desigualdades Sociais, da Faculdade de Formação de Professores de São Gonçalo, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, em parceria com a Escola Municipal Paulo Freire (EMPF), em Niterói-RJ. Entendendo a surdez dentro de uma visão socioantropológica, afirma-se a surdez como uma experiência visual entendida fora do campo da medicalização e os surdos como um grupo minoritário, múltiplo e multifacetado. Uma pesquisaescrita que se forja desde o ano de 2017, ainda durante o mestrado, tomando como pista a intervenção com estudantes surdos, produzindo práticas que emerjicem da criação de propostas pedagógicas visuoespaciais. Explicitando, na pesquisaescrita de doutoramento, a experimentação com nossos corpos em movimento na Língua Brasileira de Sinais através da produção de Oficinas de Dança, Corpo e Movimento, ensaiando a produção de encontros sensíveis às singularidades linguísticas dos surdos, tomando distância do conceito de identidade ao afirmar a diferença como condição de existência. Com o objetivo, expresso aqui como desejo, de dar a ver os processos de estetização e singularização da vida operados pela arte e educação no encontro entrecorporeidades outras. Para tanto, tece-se o problema por perguntas: Como estudantes surdos e pessoas chamadas com deficiência na escola se produzem e se inventam em sua corporeidade e se de(trans)formam a despeito dos padrões de normalidade que organizam majoritariamente nossa sociedade? Pode-se pensar os movimentos de dançar, gaguejar e rabiscar como caminhos possíveis a produzir devires no espaço escolar com estudantes surdos, criando fissuras e inventando a vida? Em alguma medida esses movimentos dão elementos para problematizar a produção da vida, quALqueR vida e c.a.d.a. uma como uma obra de arte? É possível pensar a produção da vida, quALqueR vida e c.a.d.a. vida como uma obra de arte? Um caminhar forjado metodologicamente como um exercício cartográfico na companhia de Deleuze e Guattari. Apostando no fazer cartográfico da pesquisa compreendida como um rizoma, uma produção que se faz em rede. Ao longo de seis anos de oficinas, fabricou-se uma série de dispositivos que permitiram cartografar e contar encontros através de vídeos documentários, vídeos de animação, fotografias, diários, crônicas, microrrelatos, danças, gaguejos e rabiscos, além de uma versão digital da tese composta como um site. O site apresenta um modo possível de compor a tese fabricando modos coerentes com a dança livre e a escrita ensaística que se experimenta aqui. Ao folear essas páginas ou navegar pelo site é possível encontrar cinco platôs. Cada platô fabricado como um plano de composição, nenhum é mais importante que o outro e podem ser lidos em qualquer ordem. Platôs compostos por diferentes linhas: diários rabiscados, nós, vazios, raízes, notas soltas e coisas sem nome... fragmentos múltiplos a funcionar, talvez, como dobra curvando forças.