Análise da produção do ciclo intergeracional de pobreza nas favelas do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Motta, Astrid Maciel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14848
Resumo: O presente estudo tem por objetivo problematizar a produção do ciclo intergeracional da pobreza em favelas na cidade do Rio de Janeiro. O estudo parte da compreensão do fenômeno da pobreza, suas múltiplas dimensões e dos mecanismos reprodutores da pobreza para as futuras gerações. Na perspectiva de desenvolvimento humano, amplamente difundida pelas Nações Unidas, os pressupostos teórico-metodológicos remetem a estudos do conceito de pobreza como fenômeno multidimensional, de Crespo e Guruvitz (2002) e sobre as possíveis variáveis transmissoras da pobreza, tendo como apoio os estudos de Kate Bird (2007, 2010) e Cain (2009). Para refletir sobre a formulação de políticas públicas sociais e da sua não universalização no âmbito das favelas cariocas, foi discorrido sobre o conceito da pseudoconcretidade em Kosik (2010). A investigação, de cariz exploratório e descritivo, privilegiou uma abordagem qualitativa baseada em entrevistas semiestruturadas realizadas com 29 moradores do complexo de favelas do São João, no bairro do Engenho Novo, no Rio de Janeiro. As 29 pessoas opinaram sobre 23 variáveis, nas dimensões intrafamiliares e extrafamiliares que permitiram descrever a situação vivida e posteriormente aferir e interpretar a reprodução da pobreza, tendo como padrão comparativo entre três gerações: a primeira geração (G1), formada por progenitores ou ascendentes; a segunda geração (G2), a geração em análise; e a terceira geração (G3), de descendentes. A estratégia metodológica adotada alicerçou-se num raciocínio sistemático de comparação entre as três gerações analisadas, com base no sentido atribuído às situações, a partir de narrativas captadas nas entrevistas e, por conseguinte criaram-se índices compositivos e classificação das tipologias de modalidades por família tipo. Por fim, o estudo apontou variações nos efeitos das políticas públicas sobre a vida dos membros das famílias relacionadas às dinâmicas sociais por eles vivenciadas. A conclusão indica que para o rompimento da pobreza, avanços serão necessários, sobretudo do conhecimento da realidade destes territórios e de aplicação de orientações metodológicas inovadoras que sejam capazes de compreender as dinâmicas sociais inerentes ao contexto das favelas para subsidiar a formulação de políticas públicas, cuja configuração leve em consideração a realidade e vocações do local