Representações sociais da aids: estudo com pessoas vivendo com HIV atendidas em unidades da rede de atenção primária em saúde do município do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Souza, Isadora Siqueira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HIV
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18394
Resumo: Este estudo objetiva analisar as representações sociais da aids de pessoas vivendo com HIV atendidas em três centros municipais de saúde do Rio de Janeiro, e tem como um dos objetivos específicos comparar as diferenças e semelhanças entre as RS da aids nos grupos assistidos nos três centros de saúde. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, apoiado na abordagem estrutural da Teoria das Representações Sociais. Participaram 180 pessoas vivendo com HIV. Os cenários foram três Centros Municipais de Saúde do Município do Rio de Janeiro. Foi aplicado um questionário de caracterização dos participantes para coleta de sociodemográfico e clínico, além da aplicação da técnica de evocações livres de palavras ao termo indutor aids. Os dados sociodemográficos foram organizados numa planilha do software Excel. A análise das evocações foi realizada com o software EVOC com a construção do quadro de quatro casas. Na análise do grupo geral foram definidos, no possível núcleo central da representação, os elementos doença-normal, medo, ruim, vida-normal e morte. Os termos medo, morte e ruim sugerem um núcleo central integrado por elementos negativos, definindo a aids como uma doença-normal que possibilita uma vida-normal, mas gera medo, proximidade com a morte e por isso é ruim. O provável NC é formado por elementos normativos e funcionais. Assim, ainda no quadrante superior esquerdo do quadro apresentado, os elementos doença-normal e vida-normal podem ser classificados como funcionais. As evocações medo e ruim e morte são normativas, considerando a história do grupo, ou seja, as representações iniciais da aids e na conotação ideológica associada a aids à um grupo específico. Destaca-se, na comparação dos três quadrantes centrais, a palavra doença-normal como um elemento comum aos núcleos centrais das três representações, portanto consensuais aos três subgrupos. A árvore máxima aponta os léxicos doença-normal e preconceito como indicação da centralidade. Conclui-se que existe um processo de mudança sendo operado, com a consolidação da possibilidade de convivência com a doença, através de elementos que caracterizam a adaptação às evoluções de novo contexto da síndrome, conjuntamente a manutenção de elementos arcaicos incorporados às primeiras representações da aids. Pode-se observar de maneira geral uma organização estrutural que aponta para esse processo: a inclusão dos termos doença-normal e vida-normal no núcleo central, e o deslocamento do termo preconceito para a centralidade, mas ainda como elemento flutuante entre o núcleo central e primeira periferia.