Os sentidos da leitura nas escolas estaduais do Rio de Janeiro: o projeto de leitura escolar (PLE)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Matos, Fabiana da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17265
Resumo: Este trabalho busca analisar o Projeto de Leitura Escolar (PLE), da Secretaria de Estado de Educação (SEEDUC) do Rio de Janeiro, as concepções de leitura que o norteiam e as condições dos Agentes de leitura e dos professores de Língua Portuguesa para a formação do leitor. Em uma perspectiva discursiva, busca examinar as Orientações Metodológicas do PLE, além do discurso dos professores (de Língua Portuguesa e Agentes de leitura) da Rede Estadual do Rio de Janeiro. Dessa forma, busca-se dimensionar, primeiro, o lugar da leitura na sociedade, sendo ela desigual, não há uma democratização da leitura, isso só poderá ocorrer quando acabar a desigualdade social. Diante desse cenário, o foco se volta para a escola porque, para a maioria da população, ela é o único espaço de acesso à leitura, principalmente a literária. Percebe-se, então, que o ensino de leitura carrega uma grande contradição. Apesar de ser extremamente importante, interferindo na vida da escola, não está no centro da preocupação curricular. Além da falta de condições de trabalho, os professores de Língua Portuguesa deparam-se com currículos que estão voltados mais para as avaliações externas. Ainda predominam velhos modelos de leitura e uma concepção instrumentalista da linguagem. No que diz respeito ao PLE, voltado aos Agentes de leitura, o projeto não dá subsídios para que os profissionais trabalhem a leitura de forma a promover a formação do leitor porque é um apanhado de ideias pouco desenvolvidas. Conclui-se, assim, que é necessário formar adequadamente os agentes de leitura para trabalharem com a formação do leitor e que somente se houver um trabalho sistemático, que valorize a multiplicidade de sentidos e que seja ancorado em conceitos teóricos e metodologicamente adequados, será possível alcançar mais estudantes, promovendo experiências mais transformadoras.