Famílias e atendimento às necessidades de saúde de crianças com condições crônicas e deficiências: as repercussões do familismo na saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Oliveira, Cassia Almeida de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Serviço Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20857
Resumo: O presente estudo teve como objetivo analisar como as famílias usuárias de um hospital pediátrico universitário acessam os serviços que atendem às necessidades de saúde e sociais de crianças e de adolescentes com condições crônicas de saúde e deficiências, a partir do familismo presente nas políticas sociais. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, que utilizou a pesquisa descritiva exploratória e a análise dos prontuários dos pacientes. Por meio dos prontuários, buscamos identificar a configuração familiar, quem se apresenta como cuidador(a) principal, o local de moradia das famílias participantes do estudo, as necessidades de saúde e sociais das crianças e dos adolescentes atendidos na instituição, a possibilidade de acesso aos serviços de saúde e sociais, identificando como ocorre esse acesso e, caso não haja, verificar as circunstâncias que o dificultam. A partir da obtenção dos dados, correlacionamos os resultados com o marco teórico, confirmando que o Estado responsabiliza as famílias pelos cuidados em saúde e necessidades sociais e que, perante a escassez e da indisponibilidade de serviços públicos direcionados às crianças e aos adolescentes atendidos pelo hospital, há violações de direitos desse público infanto-juvenil. Concluímos, também, que a grande maioria das mulheres usuárias da instituição arcam com os custos do trabalho do cuidado, o que gera impactos na desigualdade de gênero e de raça, sendo as políticas sociais familistas importantes agentes na sobrecarga de trabalho direcionada a elas.