Psicose Paranoica: do desencadeamento à nomeação delirante

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Albuquerque, Raquel Coelho Briggs de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicanálise
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14564
Resumo: Ao longo deste trabalho, investiga-se a relação do sujeito com sua psicose, em especial no que diz respeito à clínica da paranoia. É possível identificar na foraclusão do Nome-do-Pai o mecanismo em torno do qual gira a problemática da psicose. Na paranoia, o Nome-do-Pai, foracluído na constituição do sujeito, retorna no real, através de uma nomeação delirante, fazendo suplência a essa carência paterna. O desejo congelado e a identificação a Um nome que não entra na cadeia são consequências dessa nova ordenação de um sujeito que se encontra na posição de objeto frente ao Outro. A psicanálise considera o delírio, por um lado, como fenômeno elementar e, por outro, tentativa de cura. Através de revisão bibliográfica e ancorado em fragmentos clínicos, o presente trabalho objetiva examinar os efeitos da estruturação delirante para o sujeito paranoico, tanto no campo pulsional quanto no campo do significante, e suas relações com a direção de tratamento. Examina-se a hipótese de que essa construção delirante não se teça em torno de significantes quaisquer, mas em torno do retorno de uma marca que, exatamente por não ter sido inscrita no simbólico, insiste no real dos fenômenos fundamentais. A partir da oferta de uma escuta que efetivamente leve em conta a fala do sujeito, a psicanálise pode favorecer o trabalho que o sujeito paranoico já realiza no sentido de propiciar uma invenção que circunscreva a sua existência, ainda que de forma delirante