Efeitos de diferentes intensidades de treinamento aeróbico isocalórico sobre a função endotelial microvascular e marcadores de estresse oxidativo em ratos submetidos à dieta hiperlipídica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Paes, Lorena da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18295
Resumo: Na obesidade, permanece incerto se a alta intensidade de treinamento aeróbio apresenta, de fato, maior vantagem em relação à intensidade moderada para a melhora da função endotelial microvascular; sobretudo quando o volume de exercício é controlado pelo dispêndio energético. Também é necessário elucidar se a alta intensidade induz realmente adaptações benéficas na função endotelial, ou se poderia exacerbar o estresse oxidativo e danos sobre a função endotelial que podem ser desencadeados pela obesidade per se. Esta Tese de Doutorado investigou o efeito de duas intensidades de treinamento aeróbico, realizado com sessões isocalóricas, sobre a função endotelial microvascular e marcadores de estresse oxidativo vascular em ratos com obesidade induzida por dieta hiperlipídica. Assim, ratos Wistar (n=18 animais / grupo) foram alimentados com dieta controle (C) ou hiperlipídica (H) por 12 semanas, e depois subdivididos nos grupos: sedentários−CS e HS; treinamento moderado contínuo− CM e HM; treinamento intervalado de alta intensidade– CH e HH. Durante 6 semanas, HM e CM treinaram em velocidade correspondente à 65% VO2 de reserva (VO2RES), e CH e HH, com estímulos a 85%VO2RES intercalados com 60%VO2RES; sendo a duração controlada pelo dispêndio energético. Após a intervenção, todos os grupos foram submetidos à análise da composição corporal, do perfil metabólico e da capacidade cardiorrespiratória. A reatividade microvascular foi analisada em dois sítios musculares distintos. Amostras de aorta também foram coletadas para os ensaios de estresse oxidativo. Os principais resultados mostraram que, em comparação à HS, os grupos de treinamento HM e HH exibiram, similarmente, melhora da vasodilatação dependente do endotélio em músculo cremaster (HS vs. HM: 22,9% P=0,01; HS vs. HH: 19,7% P=0,02) e em músculos adutores (HS vs. HM: 13,4% P=0,03; HS vs. HH: 18,2% P=0,001), bem como aumento da biodisponibilidade de NO (HS vs. HM: 23,9%; P=0,04; HS vs. HH: 25,1% P=0,04). Porém, apenas a alta intensidade foi responsável por aumentar a atividade de Glutationa Peroxidase (HS vs. HH: P=0,03; CS vs. CH: P=0,007), mesmo sob o aumento da peroxidação lipídica (CS vs. CH: P=0,005; HS vs. HH: P=0,04); e também foi capaz de aprimorar a vasodilatação dependente do endotélio de animais eutróficos (CS vs. CH − cremaster: 26,3%; P=0,02; adutores: 19,2%; P=0,01). Em conclusão, no contexto da obesidade, apenas a alta intensidade pareceu ser mais eficiente para melhorar a capacidade antioxidante vascular, mas o gasto calórico total das sessões de treinamento revelou-se mais importante do que a intensidade para o aprimoramento da reatividade microvascular dos animais observados.