Performatividade da linguagem e heterogeneidade enunciativa em Machado de Assis: Esaú e Jacó e Memorial de Aires
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/5990 |
Resumo: | O objetivo geral deste trabalho consiste na proposta de se conceber performatividade e heterogeneidade como princípios gerais e inextricáveis entre si da atividade linguageira do homem. Na nossa acepção, essa inextricabilidade permeia, no plano da enunciação, toda e qualquer manifestação linguístico-discursiva. Quanto ao postulado da performatividade, concebemo-lo com base no pensamento de John Langshaw Austin (1962), enquanto o da heterogeneidade, apreendemo-lo, por sua vez, junto a Jacqueline Authier-Reveuz (1982). Em relação à noção de heterogeneidade, esta compreende, no âmbito desta tese, tanto as manifestações linguísticas que comportam explicitamente ou não as marcas de um discurso outro no discurso (= heterogeneidade mostrada), quanto aquelas em que as vozes do exterior só podem ser apreendidas a partir das suas ressonâncias (inter)discursivas (= heterogeneidade constitutiva). No que concerne ao postulado da performatividade, trata-se de uma concepção global da linguagem enquanto função última de todo e qualquer ato de enunciação, no sentido de este corresponder sempre a um instrumento de ação do homem sobre o mundo e sobre o próprio homem. Cumpre ressalvar, no entanto, que, na presente tese, a apreensão da performatividade inerente aos nossos atos de linguagem dialoga não só com o princípio austiniano do dizer é fazer, mas também com a teoria interacionista (Van Dijk, 2000) da fórmula dizer é fazer fazer. No que concerne ao corpus selecionado como fonte de ilustração dos princípios mencionados, este se constitui dos romances Esaú e Jacó (1904) e Memorial de Aires (1908), de Machado de Assis |