A Cor da Cultura e a cultura da cor: reflexões sobre as relações étnico-raciais no cotidiano escolar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Moreira, Helena Maria Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação de Ensino em Educação Básica - CAp UERJ
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19460
Resumo: A presente pesquisa elencou como objeto o projeto, A Cor da Cultura do Ministério da Educação em parceria com a Fundação Roberto Marinho e várias instituições públicas e privadas como, aporte pedagógico à implantação da Lei 10639/03. Procuramos refletir acerca da importância e da abrangência das ações educativas do governo brasileiro, para se trabalhar as políticas públicas sobre as questões raciais no cotidiano escolar. O projeto teve início em 2004 e, atualmente, encontra-se na sua terceira edição. No período de 2004 até 2016, investigamos as implicações do projeto para o avanço do movimento por uma educação antirracista e humanizadora. Como suporte teórico, recorremos a GOMES, LIMA, MUNANGA, TRINDADE, dentre outros, para dialogar sobre as questões raciais e utilizamos também FREIRE e SANTOS, para reflexões sobre uma educação humanizadora e direitos humanos, através de ações afirmativas. Quanto à formação de professores empregamos NÓVOA em todo seu conhecimento sobre saberes docentes; dentre outros renomados autores que corroboraram para construção dessa pesquisa. A investigação também levou em conta a influência da mídia, como importante aliada das ações empreendidas no projeto A Cor da Cultura. A metodologia aplicada foi basicamente a análise documental de todo o projeto, mas procuramos também conversar com as pessoas envolvidas na criação do projeto, assim como investigar sobre o resultado dos cursos de treinamento aplicados aos professores e educadores em várias cidades do território brasileiro. Os materiais pedagógicos quando bem explorados e/ou problematizados podem e devem ser um caminho para que se possa abordar inúmeros temas. É de suma importância trabalhar a ideia dos sujeitos como produtores de conhecimento dentro de sua própria cultura e a valorização da sua identidade cultural mediante a consideração da diversidade e da interculturalidade. Estas são perspectivas que surgem e nos trazem alguns questionamentos que tentaremos elucidar ao longo desta pesquisa. Indagamos se seria possível através da educação, atender às expectativas da lei 10639/2003? Ou, como a mídia aliada à educação pode contribuir com estratégias de desconstrução do eurocentrismo presentes no currículo escolar? Urge a necessidade de se transformar o conhecimento sobre as culturas africanas em uma verdadeira prática social, incorporá-la ao cotidiano escolar não somente em consideração ao que se deriva da forma de uma Lei mas, principalmente, no que diz respeito aos projetos de inclusão social.