Reparo cutâneo de úlceras de pressão e óleo de oliva: um novo alvo terapêutico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Trancoso, Aline Donato de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Biologia Humana e Experimental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7801
Resumo: O processo de reparo tecidual cutâneo é uma complexa resposta molecular e biológica para restaurar a integridade da pele após uma injúria. O processo de reparo ocorre em 3 fases que se sobrepõem: fase inflamatória, fase proliferativa e fase do remodelamento. Algumas vezes o processo de reparo tecidual é prejudicado, levando a formação de lesões crônicas. Repetidos ciclos de isquemia e reperfusão levam a formação de um tipo de lesão crônica, a úlcera de pressão. Esta lesão crônica tem seu reparo prejudicado devido a superprodução de espécies reativas de oxigênio e exacerbada resposta inflamatória O óleo de oliva é um produto natural rico em ácido oleico (ácido graxo moninsaturado n-9) e compostos fenólicos que atuam, respectivamente, diminuindo a resposta inflamatória e como antioxidantes. Nosso objetivo foi investigar o efeito da administração de óleo de oliva no reparo de úlceras de pressão usando o modelo de isquemia e reperfusão em camundongos. Camundongos machos Swiss foram tratados diariamente com óleo de oliva ou água até o sacrifício. Um dia após o inicio do tratamento, dois ciclos de isquemia e reperfusão foram realizado por aplicação externa na pele de um par de magnetos para induzir na formação da úlcera de pressão. No terceiro, sétimo e décimo quarto dia após a lesão, os animais foram sacrificados e a lesão com a pele adjacente foi coletada para análises histológicas e bioquímicas. A administração oral de óleo de oliva acelerou a produção de espécies reativas de oxigênio e a síntese de óxido nítrico e reduziu o dano oxidativo em proteínas e lipídeos quando comparado ao grupo controle. O infiltrado de células inflamatórias foi reduzido no grupo óleo de oliva quando comparado ao grupo controle. A reepitelização e o número de vasos sanguíneos aumentou no grupo óleo de oliva quando comparado ao grupo controle. A deposição de colágeno, diferenciação de miofibroblastos e a contração da lesão foi acelerada no grupo óleo de oliva quando comparado ao grupo controle. Conclui-se que a administração de óleo de oliva melhora o reparo cutâneo de úlceras de pressão em camundongos por acelerar a síntese de espécies reativas de oxigênio e óxido nítrico, reduzindo o dano oxidativo e a inflamação, promovendo a reconstrução dérmica e o fechamento da lesão.