Uma integração para o capital: a IIRSA como projeto de expansão do agronegócio e das grandes empreiteiras brasileiras (2000-2014)
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em História Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20731 |
Resumo: | A Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana (IIRSA) foi lançada em 2000, proposta por Fernando Henrique Cardoso e acordada com todos os demais países da América do Sul. Com projetos de grandes obras nas áreas de transporte, energia e comunicação, a Iniciativa se tornou um importante marco para a integração regional na virada para o século XXI, com uma previsão de investimentos de quase US$ 200 bilhões. O objetivo deste trabalho é explorar a IIRSA a partir da análise do favorecimento de grandes grupos empresariais da construção pesada e do agronegócio. Enquanto grandes empresas como a Odebrecht, Camargo Correia, Queiroz Galvão, OAS e Andrade Gutierrez ficaram responsáveis por várias obras da Iniciativa, os traçados dos projetos acompanharam a expansão das fronteiras agrícolas no país, buscando garantir o escoamento da produção do agrobusiness em um momento do boom das commodities, puxado fundamentalmente pelo acelerado ritmo de crescimento chinês. Veremos também, a partir da análise das publicações do Fórum Nacional e das revistas O Empreiteiro e Agroanalysis, como houve uma forte mobilização desses setores para garantir a execução de obras da IIRSA, buscando dar aos seus interesses um viés de interesse nacional. Todavia, esse projeto encontra muitas resistências de grupos afetados pelas obras em toda América do Sul, como populações indígenas, ribeirinhas e quilombolas, cuja sobrevivência está diretamente atrelada aos territórios de impacto dos projetos. |