Avaliação do quimioterápico doxorrubicina como agente fotossensibilizador em culturas de células MDA-MB-231 irradiadas com LED azul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Teixeira, Adilson Fonseca
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Biociências
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16228
Resumo: Efeitos colaterais à quimioterapia são comuns a pacientes com câncer de mama triplo negativo. A terapia fotodinâmica poderia complementar este tratamento pela combinação de um cromóforo à radiação não ionizante de baixa potência capaz de gerar estresse oxidativo nas células tumorais. A utilização do quimioterápico doxorrubicina como fotossensibilizador e sua combinação à radiação não ionizante de baixa potência em comprimento de onda adequado poderia reduzir sua dose e efeitos adversos, melhorando a qualidade de vida do paciente. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar efeitos da doxorrubicina como fotossensibilizador associado ao LED azul de baixa potência em culturas de células de câncer de mama humana. Células da linhagem MDA-MB-231 foram cultivadas e submetidas à combinação entre diferentes concentrações de doxorrubicina e fluências de LED azul para avaliar: (i) localização da doxorrubicina por microscopia de fluorescência, (ii) viabilidade celular por WST-1, (iii) produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) por citometria de fluxo, (iv) expressão protéica de NF-κB por imunocitoquímica, e (v) níveis relativos de RNAm de IL1B, IL6 e IL8 através da Reação em Cadeia da Polimerase quantitativa (qPCR). Os resultados obtidos a partir da microscopia de fluorescência demonstram que a doxorrubicina atinge o núcleo de células da linhagem MDA-MB-231 após 2h de incubação, mantendo-se presente neste compartimento celular 24 horas após o tratamento. Comparadas ao controle, culturas somente incubadas com doxorrubicina (25 nM) apresentaram 23% de redução na viabilidade celular, enquanto sua combinação ao LED azul (640 J/cm2) reduziu viabilidade celular em 40% após 24h. Após 48h de tratamento, a viabilidade celular nas culturas somente incubadas com doxorrubicina foi reduzida em 40%, enquanto em combinação ao LED azul a redução foi de 55%. A produção de EROs 30 minutos após o tratamento foi 22% maior nas células incubadas com doxorrubicina e irradiadas com LED azul em comparação às demais condições. Culturas apenas incubadas com doxorrubicina ou incubadas com doxorrubicina e irradiadas com LED azul apresentaram maior expressão protéica de NF-κB em diferentes tempos (30min, 12h e 24h). Comparadas ao controle ou a amostras somente irradiadas com LED azul, amostras apenas incubadas com doxorrubicina ou incubadas com doxorrubicina e irradiadas com LED azul apresentaram maiores níveis de RNAm para IL1B, IL6 e IL8. Estes resultados demonstram que a irradiação com LED azul de baixa potência aumenta a citotoxicidade da doxorrubicina em culturas da linhagem MDA-MB-231, aumenta os níveis de EROs, além de induzir a expressão de fatores pro-inflamatórios.